Tráfego nos aeroportos da ANA caiu 15,3% no primeiro trimestre

O tráfego nos aeroportos geridos pela ANA registou uma quebra de 15,3% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2019.

De acordo com um documento da Vinci Airports, que gere a ANA, a que o Jornal Económico teve acesso, “ocorreu uma profunda inversão nos números de passageiros nos dez aeroportos em Portugal a partir de 15 de março, com um declínio de 15,3% registado ao longo de todo o primero trimestre”.

Esta queda é tanto mais impressionante se tivermos em conta que os aeroportos da ANA registaram um crescimento de tráfego de passageiros nos primeiros dois meses deste ano face ao período homólogo do ano passado: 6,9% em janeiro e 10,1% em fevereiro, como refere o documento da Vinci Airports.

“Devido à diversidade do respetivo tráfego, as estatísticas de passageiros em Lisboa foram mais consistentes que em Faro, que foi impactado pelo declínio no mercado turístico”, adianta o referido documento da Vinci Airports.

Mesmo assim, a quebra de tráfego nos aeroportos em Portugal foi inferior à registada no mesmo período no conjunto do Grupo Vinci Airports, em que se verificou uma quebra de 20,9% nos passageiros face ao primeiro trimestre de 2019, caindo para um total de 45,3 milhões de passageiros no conjunto dos 45 aeroportos geridos pela companhia.

“A nossa indústria está a atravessar uma crise sem precedentes na sua intensidade e na sua dimensão. Neste ambiente bastante difícil, cada um dos nossos aeroportos pode contar com o apoio infalível de toda a nossa rede para ser mais forte e mais proativo a enfrentar a crise e a melhor se preparar, com todos os ‘stakeholders’ do setor, para a recuperação, quando ela surgir”, garante Nicolas Notebaert, ‘chairman’ da Vinci Airports, no referido documento.

No ano passado, os dez aeroportos geridos pela ANA em Portugal acolheram um total próximo dos 60 milhões de passageiros, o que representou um crrescimento de tráfego de 6,9% face a 2018.

O tráfego nos aeroportos do Porto e de Lisboa no ano passado, subiu, respetivamente 9,8% 7,4%, o que os colocou entre os aeroportos mais dinâmicos da União Europeia no ano passado, uma realidade que dificilmente se repetirá este ano face ao impacto da Covid-19.