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Transações de casas no primeiro semestre bateram recordes dos últimos nove anos

A Área Metropolitana de Lisboa foi a zona onde o valor médio de transação por fogo foi mais elevada, 168,6 mil euros, 10,2% acima do valor observado nessa região em 2016 e 36,6% acima da média nacional observada em 2017.
29 Setembro 2017, 18h06

A Fepicop – Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas sublinhou hoje, em comunicado, que o primeiro semestre de 2017 bateu o recorde dos últimos nove anos, em termos de transações semestrais de fogos habitacionais, tanto em número como em valor, de acordo com os dados divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

“Segundo a informação agora conhecida, foram transacionados em Portugal, nos primeiros seis meses de 2017, 72 mil fogos num montante total de 8,9 mil milhões de euros, refletindo crescimentos de 18% em número e de 25% em valor, face ao período homólogo de 2016”, destaca um comunicado da Fepicop.

De acordo com este documento, “à semelhança do verificado nos últimos quatro anos, de 2013 a 2016, foi a venda de fogos já existentes (com crescimentos de 21% em número e de 31% em valor, levando a um aumento acentuado no volume de trabalhos de reabilitação/renovação) a principal responsável pelo forte dinamismo observado no primeiro semestre de 2017, já que as transações de fogos novos apenas cresceram 4% em número e 6% em valor, até junho”.

Ainda, segundo a análise da Fepicop, em termos regionais, foi a Área Metropolitana de Lisboa que concentrou, de forma destacada, a maior fatia das transações efetuadas ao longo do primeiro semestre, 35% do total em número e 48% em valor, com crescimentos de 17% e de 29%, respetivamente, face a igual período de 2016.

“A Área Metropolitana de Lisboa foi igualmente a zona onde o valor médio de transação por fogo foi mais elevada, 168,6 mil euros, 10,2% acima do valor observado nessa região em 2016 e 36,6% acima da média nacional observada em 2017 (123,5 mil euros/fogo)”, destaca o comunicado da Fepicop.

A Fepicop acrescenta que, “a estes significativos crescimentos do mercado imobiliário, juntam-se as variações igualmente favoráveis que se vêm registando nos restantes segmentos do setor da construção, nomeadamente no mercado das obras públicas, com evoluções de 91% e de 83%, até agosto, nos montantes dos concursos promovidos e dos contratos celebrados, respetivamente”.

“Do conjunto das evoluções descritas, resulta uma leitura positiva da evolução da construção nos meses já decorridos de 2017, realidade aliás confirmada pelo INE através da divulgação dos crescimentos homólogos da FBCF [investimento em] construção e do VAB [Valor Acrescentado Bruto em] construção, durante o primeiro semestre de 2017 (9,6% e 7,5% respetivamente), constituindo, em ambos os casos, os crescimentos mais intensos nos últimos 20 anos para estas variáveis”, conclui o comunicado da Fepicop.

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