A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) pediu hoje ao Governo a prorrogação do mecanismo do gasóleo profissional extraordinário até ao final do ano, uma reivindicação que justifica com a “instabilidade das pequenas e médias empresas que integram o sector do transporte de mercadorias por conta de outrem” devido ao aumento do preço dos combustíveis.  

“Desde o início do conflito armado entre a Federação Russa e a Ucrânia que a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) tem sido confrontada com instabilidade das pequenas e médias empresas que integram o setor do transporte de mercadorias por conta de outrem, em função do brutal aumento do preço dos combustíveis e bem assim do aditivo Adblue”, diz a associação em nota de imprensa, sublinhando que “tem alertado o Governo de forma veemente para a necessidade urgente de proceder-se a um alívio fiscal no sector empresarial do transporte de mercadorias”.

Assim, a entidade “sugere que o Governo proceda à prorrogação da vigência do mecanismo do gasóleo profissional extraordinário, pelo menos, até ao final do presente ano de 2023, e bem assim, o congelamento imediato da taxa de carbono, garantido alguma acalmia ao sector, dando possibilidade às empresas de se reorganizarem financeira e logisticamente para o último trimestre do ano, evitando, desta forma, consequências nefastas para milhares de empresas e famílias que dependem direta e indiretamente do sector do transporte de mercadorias por conta de outrem”.

No final de julho, o Conselho de Ministros aprovou um diploma que prorrogava até 30 de setembro o mecanismo de gasóleo profissional, alterando o regime transitório de estabilização de preços do gás por empresas com consumos superiores a 10 mil metros cúbicos.