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Mais três meses de estado de emergência na Turquia?

Após o Conselho Nacional de Segurança de hoje, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, veio defender a prorrogação do atual estado de emergência, por mais três meses.
29 Setembro 2016, 18h22

Mostrando-se convicto de que o seu país “corre contra o tempo no combate a organizações terroristas”, Erdogan, em tom de resposta aos ataques de que tem sido alvo sobre a eventual repressão exercida pelo seu Governo após a tentativa fracassada de golpe militar, não só frisou que o estender do estado de emergência seria benéfico para o país, como acrescentou que, para tal, contaria com o total apoio da população.

Por enquanto, trata-se de uma sugestão do Conselho Nacional de Segurança, aguardando-se a decisão final de Erdogan.

Recorde-se que o Presidente turco declarou o estado de emergência, argumentando que esta medida permitiria que as autoridades agissem rapidamente contra os responsáveis pela tentativa de golpe, a 20 de julho último.

Quanto às críticas de repressão de que Erdogan continua a ser alvo, estas partem tanto do plano externo, tendo como protagonistas alguns governos do Ocidente e organizações de direitos humanos, como no plano interno, no qual a oposição, liderada, pelo Partido Popular Republicano (CHP) assume especial destaque.

Desde o dia 15 de julho passado, dia da tentativa falhada de golpe, já foram detidas cerca de 40 mil pessoas e mais de 100 mil, entre as quais polícias, funcionários públicos e militares, foram demitidas ou suspensas.

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