O Tribunal de Contas (TdC) apenas concluiu uma auditoria aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, na altura, já tinham sido pagos 1.467 milhões de euros e de já estar aprovada a distribuição de 11,6 mil milhões de euros, revela o “Público”.
Esta auditoria incidiu sobre o Programa de Digitalização para as Escolas em 2020, ampliado devido à chegada dos fundos europeus, e que constituiu a compra de mais de um milhão de computadores e o aumento da capacidade da rede de educação com ligação à Internet.
A juíza-conselheira Helena Abreu Lopes admitiu a escassez de auditorias em julho do ano passado quando foi acompanhar o presidente do TdC a uma audição no Parlamento. Na altura, Helena Abreu Lopes justificou-se dizendo que o PRR é um “fundo bastante recente” e que “é preciso dar tempo à auditoria”. De acordo com a publicação, a juíza-conselheira adiantou que estaria concluída uma auditora dedicada ao PRR até ao final do ano passado, mas tal não se verificou.
Em resposta ao “Público”, o TdC explica que o departamento de auditoria de Helena Abreu Lopes não é o único a fiscalizar o PRR. Neste momento, o organismo de fiscalização da despesa pública tem “mais cinco departamentos envolvidos no controlo” do PRR e ainda um auditor-chefe, auditor-coordenador e juiz-conselheiro.