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Trump alerta Turquia para “risco de confronto” devido a ações militares na Síria

Em causa está a grande ofensiva turca contra uma milícia curda síria aliada dos Estados Unidos. As Unidades de Proteção do Povo (YPG) são a principal força terrestre aliada dos EUA na Síria, mas a Turquia considera que a milícia tem ligações a grupos extremistas.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
25 Janeiro 2018, 10h44

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou esta quarta-feira a Turquia para o risco de provocar um confronto entre as forças turcas e norte-americanas na Síria e instou o seu homólogo, Recep Erdogan, a reduzir as operações militares no país. Em causa está a grande ofensiva turca contra uma milícia curda síria aliada dos Estados Unidos.

A Casa Branca indica que, em conversa telefónica com Recep Erdogan, Donald Trump terá insistido que “os dois países devem concentrar os esforços de todas as partes para derrotar o [autoproclamado] Estado Islâmico”. Para tal, o líder norte-americano terá exortado a Turquia a limitar as suas ações militares na Síria e pediu também que seja evitada “qualquer ação que corra o risco de provocar um confronto” entre os dois países.

No sábado, uma grande ofensiva turca lançada contra Afrine fez 268 mortos entre as forças curdas e “sete ou oito” nas fileiras turcas, segundo dados avançados pelo Governo da Turquia.

Entre as forças curdas reprimidas por Ancara estão as Unidades de Proteção do Povo (YPG) do norte da Síria, que é considerada pela Turquia como uma milícia com ligações a grupos extremistas. No entanto, a YPG é a principal força terrestre aliada dos Estados Unidos para derrotado o autoproclamado Estado Islâmico.

Em comunicado, a Casa Branca acrescenta que os dois líderes “falaram da necessidade de estabilizar uma Síria unificada, que não represente uma ameaça para os seus vizinhos, incluindo a Turquia”.

Donald Trump terá aproveitado também para expressar a sua preocupação com a “retórica destrutiva e falsa da Turquia e sobre cidadãos e funcionários norte-americanos detidos no Estado de Emergência prolongado na Turquia”, afirmou a Casa Branca.

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