[weglot_switcher]

Trump assistiu pela televisão ao ataque ao Capitólio dos EUA, ignorando apelos dos filhos e de conselheiros

O antigo inquilino da Casa Branca terá recusado agir durante os 187 minutos entre o final do seu discurso inflamado num comício, no qual instou os seus apoiantes a marcharem até ao Capitólio, e o lançamento de um vídeo a pedir-lhes para abandonarem o Capitólio.
22 Julho 2022, 10h28

Donald Trump terá assistido durante horas, pela televisão, ao ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA. ignorando os apelos dos seus filhos e de outros conselheiros próximos para instar os seus apoiantes a porem fim à violência, revelaram testemunhas numa audiência do Congresso na ontem, quinta-feira, de acordo com a “Reuters”.

“O Presidente Trump sentou-se à sua mesa de jantar e viu o ataque na televisão enquanto o seu pessoal sénior, conselheiros mais próximos e familiares lhe imploravam para fazer o que se espera de qualquer presidente americano”, afirmou a representante do Partido Democrata Elaine Luria.

O antigo inquilino da Casa Branca terá recusado agir durante os 187 minutos entre o final do seu discurso inflamado num comício, no qual instou os seus apoiantes a marcharem até ao Capitólio, e o lançamento de um vídeo a pedir-lhes para abandonarem o Capitólio.

O painel reproduziu testemunhos gravados em vídeo de assistentes da Casa Branca e de pessoal de segurança, discutindo os acontecimentos do dia.

O antigo conselheiro da Casa Branca, Pat Cipollone, revelou alguns detalhes sobre o comportamento de Trump durante os ataques.

“Telefonou ao secretário da defesa? O Procurador-Geral da República? O chefe da Segurança Interna?”, foram as questões com que Cipollone foi confrontado, aos quais respondeu “não”-

“Ele tem de condenar esta m**da o mais depressa possível”, terá dito o filho mais velho de Trump, Don Jr. numa mensagem de texto ao chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows.

O ataque ao Capitólio resultou em várias mortes, provocando mais de 140 feridos entre as forças policiais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.