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Trump autoriza empresas de Internet a partilhar dados de clientes

A nova resolução vem revogar um regulamento redigido pelos democratas na Comissão Federal de Comunicações, que exigia a permissão dos utilizadores antes dos fornecedores venderem os seus dados.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
4 Abril 2017, 12h23

Donald Trump promulgou, na passada segunda-feira, uma lei que permite aos operadores de serviço da internet acederem e utilizarem os dados dos cliente, como o histórico de buscas ou localização, para fins de marketing.

Conforme a Bloomberg, a nova resolução assinada pelo presidente dos EUA e aprovada no Congresso, apenas com os votos dos Republicanos, vem revogar um regulamento redigido pelos democratas na Comissão Federal de Comunicações (FCC em inglês), que exigia a permissão dos utilizadores antes dos fornecedores venderem os seus dados.

Dois democratas, Mignon Cluburn, comissária da FCC, e Terrel McSweeny, da Comissão Federal do Comércio, alegam que com a revogação da lei, que obrigava os fornecedores de internet de banda larga a serem autorizados pelos clientes “antes de recolherem informação online”, os fornecedores de banda larga podem, agora, recolher essas informações e vendê-las a anunciantes, ou a uma terceira parte, sem o conhecimento” dos utilizadores.

No entanto, empresas como Facebook e Google não se encontram abrangidas pela norma, tendo em conta que as políticas de privacidade por estas empresas aplicadas são tuteladas por outra agência, segundo a Bloomberg, ao contrário de empresas como AT&T Inc. e Comcast Corporation.

Defensores da privacidade na Internet, como o diretor executivo do Centro para a Democracia Digital, Jeffrey Chester, declararam ao jornal The Washington Post que com esta norma “os norte-americanos nunca estarão a salvo de ter os seus dados pessoais sigilosamente examinados e vendidos ao maior licitador”.

Confusões, injustiças e críticas foram geradas, pelos fornecedores de serviços online, com esta diferença entre tutelas e normas. Defensores da privacidade online, como Jeffrey Chester, diretor executivo do Centro para a Democracia Digital, declararam ao The Washigton Post, que “os norte-americanos nunca estarão a salvo de ter os seus dados pessoais sigilosamente examinados e vendidos ao maior licitador”.

Por sua vez, os apoiantes desta medida de Trump, alegam que os utilizadores de internet de banda larga têm de ser protegidos, visto que os clientes podem facilmente mudar de página da internet. No entanto, a Bloomberg assegura que mudar de fornecedor não é uma tarefa fácil.

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