O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira que não participará no Fórum Económico Mundial de Davos, que decorre de 21 a 25 de janeiro na Suíça, se continuar a paralisação parcial (shutdown) da administração federal, que já dura há vinte dias. O anúncio surgiu horas antes de ter iniciado uma campanha de propaganda apelando à necessidade de construção do muro na fronteira com o México, que é o principal motivo para o shutdown.
Because of the Democrats intransigence on Border Security and the great importance of Safety for our Nation, I am respectfully cancelling my very important trip to Davos, Switzerland for the World Economic Forum. My warmest regards and apologies to the @WEF!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 10 de janeiro de 2019
“Por causa da intransigência dos democratas sobre a [norma de] Segurnça Fronteiriça e pela grande importância da segurança da nossa nação, cancelo respeitosamente a minha importante viagem até ao Fórum Económico Mundial, em Davos, Suiça”, escreveu Trump na sua conta de Twitter.
O shutdown do governo já 380 mil funcionários federais sem emprego e 420 mil a trabalhar sem remuneração. Trump admitiu na quinta-feira mais uma vez a possibilidade de declarar emergência nacional para ativar poderes extraordinários se não conseguir chegar a acordo com os democratas.
Se a atual paralisação continuar até domingo será a maior de sempre na história da política norte-ameriana. Até agora, o shutdown mais longo da história foi de 21 dias, entre o final de 1995 e início de 1996, durante a presidência de Bill Clinton.
A ausência de Donald Trump poderá ser notada em, Davos, uma vez que o Fórum Económico Mundial reúne os principais líderes políticos e empresariais do mundo. E é em Davos que muito das agendas para diversos setores são sondadas.
Em 2018, a ida de Trump a Davos provocou bastante burburinho mediárico, sobretudo, pelos ataques do presidente norte-americano aos jornalistas; pelo discurso onde abordou o conceito America First.
Shutdown ‘obriga’ a propaganda
A paralisação parcial do governo norte-americano dura há já vinte dias e, com o impasse nas negociações orçamentais com os democratas sem fim à vista, ao cancelamento da ida de Trump a Davos acresce a campanha de propaganda iniciada, ontem, pelo presidente norte-americano. Numa visita à fronteira com México, no Texas, Doanld Trump apelou à necessidade da construção do muro e culpou, novamente, a oposição pelo shutdown, uma vez que estes não viabilizam a sua construção por via de uma nova norma sobre segurança fronteiriça. No Texas, o presidente norte-americano voltou a ameaçar recorrer à declaração do estado de emergência nacional.
Ao deixar a Casa Branca para a localidade de McAllen, no Estado do Texas, Trump disse aos jornalistas que preferia trabalhar com o Congresso num acordo para acabar com a paralisação, do que ter que recorrer ao poder presidencial para contornar o Congresso se não houver acordo. “Eu tenho o direito absoluto de declarar uma emergência nacional “, afirmou Trump. “Ainda não o fiz, mas posso fazê-lo”, acrescentou.
Em McAllen, o presidente dos EUA participou numa mesa redonda com funcionários públicos e cidadãos daquela região para discutir a necessidade de um muro na fronteira com o México. Sem fornecer provas factuais, Trump afirmou que um muro na fronteira reduziria o crime. Mais tarde, noutra localidade, em Mission, acompanhou as autoridade numa ação de patrulhamento junto da fronteira.
Tudo foi partilhado no principal meio de comunicação direta do presidente norte-americano, a sua conta pessoal de Twitter.
When I took the Oath of Office…. pic.twitter.com/GDhIqteKpv
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de janeiro de 2019
From the Southern Border…. pic.twitter.com/Vgsf5nEZUH
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 10 de janeiro de 2019
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