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Trump diz que vai fazer pressão para “um grande acordo de paz” entre Israel e Palestina

Donald Trump pede ao primeiro-ministro israelita deve “conter colonatos durante algum tempo” e defende que as negociações de paz entre a Palestina e Israel devem ser definidas pelas duas partes, sem interferências externas.
  • Kevin Lamarque/REUTERS
16 Fevereiro 2017, 10h32

O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu esta quarta-feira ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu que vai fazer pressão para que seja feito “verdadeiramente um grande acordo de paz” no Médio Oriente, no entanto, esse terá de ser decidido entre israelitas e palestinianos e não imposto pela comunidade internacional. A posição assumida por Trump marca a inversão nas políticas até agora seguidas pelos Estados Unidos e o início de um novo capítulo nas relações diplomáticas entre os dois países.

Depois de Barack Obama se ter mostrado inflexível na persecução de uma solução para a Palestina e Israel e ter defendido o fim da construção de novos colonatos israelitas em zonas reivindicadas pela Palestina, o novo presidente dos EUA vem defender que a criação de um Estado palestiniano não é mais um dos grandes objectivos a atingir para futuras negociações de paz.

À margem da visita de Benjamin Netanyahu à Casa Branca, Donald Trump defendeu que o primeiro-ministro israelita deve “conter colonatos durante algum tempo”, mas que estes “não estão no centro deste conflito”, até porque, segundo o presidente norte-americano, “na origem” do conflito entre os dois países está a recusa da Palestina em reconhecer o Estado de Israel.

Donald Trump pede uma maior flexibilidade e capacidade de compromisso entre as duas partes e garante que apoiará “aquela que as duas partes gostarem”. O multimilionário diz ainda que “consigo viver com qualquer uma delas”.

As declarações de Donald Trump foram um “rebuçado” para adoçar a boca a Benjamin Netanyahu. Os dois líderes, unidos em quase tudo, concordaram nas críticas ao acordo nuclear do Irão e no repúdio ao “tratamento injusto e parcial de que Israel tem sido alvo na ONU”.

Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já veio afirmar que “não há uma solução alternativa” para resolver o conflito israelo-palestiniano.

Em relação à mudança da embaixada americana para Jerusalém — a cidade santa que israelitas e palestinianos reclamam para a sua capital — Donald Trump diz que “adoraria que isso acontecesse” e que vai “estudar [a sua concretização] com grande carinho”.

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