João Doria Júnior, empresário, jornalista e político brasileiro assumiu este mês as funções de prefeito do município de São Paulo e já está a dar que falar, fazendo jus a uma das características pelo qual o conhecem.
Em entrevista ao jornal americano “Wall Street Journal”, João Doria Júnior apresentou os seus planos para o município, para os quais espera uma conclusão até ao final do próximo ano – e não se trata certamente de uma medida de que todos se lembrariam: vender o Anhembi, o autódromo de Interlagos, as concessões de 107 parques, 22 cemitérios, o serviço funerário municipal, o crematório, 16 mercados, 29 estações de autocarro, o sistema de bilhetes dos transportes públicos e o estádio.
Ou seja, o prefeito de São Paulo pretende privatizar grande parte da cidade e espera com o negócio conseguir sete mil milhões (dois mil milhões de euros à cotação atual) para investimentos nas áreas da saúde e educação. Em declarações ao diário, publicadas na quarta-feira, João Doria Júnior considera “o momento certo” para tomar estas medidas, tendo em conta a recessão do país e o elevado nível de corrupção.
“O papel pesado do Estado é um dos problemas mais sérios do Brasil. É ineficiente e convida à corrupção”, sublinha. De forma a afastar-se deste cenário, no qual estão envolvidos vários políticos brasileiros, como aconteceu no caso Lava Jato, o antigo apresentador de talk shows afirma que é “gestor e empresário, embora respeite os políticos”.
Apesar de normalmente ser comparado ao Presidente dos Estados Unidos, pelo facto de ter protagonizado a versão brasileira do reality show “O Aprendiz”, é o fundador da agência Bloomberg que vê como uma inspiração. Não me identifico com ele [Donald Trump]. Michael Bloomberg, pelo contrário, é um modelo para mim”, refere.
Entre as suas propostas está ainda a manutenção e a melhoria de medidas de anteriores governos, como a revitalização do Centro de Educação Unificada. Além disso, espera pôr em prática a redução da velocidade máxima para veículos nas marginais. “Vamos fazer o que o código de trânsito já prevê: vias expressas de 90km/h, 70km/h e 60km/h.”, indicou, citado pela BBC. A ideia foi a mais aplaudida durante a campanha no Sindicato dos Metalúrgicos, quando o empresário negou que houvesse relação entre velocidade e aumento de acidentes.
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