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Trump ordenou ataques contra o Irão mas acabou por recuar

Os ataques foram recomendados pelo Pentágono depois de um drone não-tripulado dos Estados Unidos ter sido abatido pelo Irão.
21 Junho 2019, 08h25

O presidente dos Estados Unidos ordenou ataques militares contra o Irão, mas acabou por cancelar apenas horas antes do seu início.

A operação foi ordenada depois do Irão ter abatido um drone norte-americano não tripulado e de vigilância.

A notícia foi avançada pelo New York Times, que cita uma fonte anónima do Governo norte-americano, segundo avança a Associated Press esta sexta-feira, 21 de junho.

Donald Trump foi questionado na quinta-feira se planeava ordenar um ataque contra o Irão: “Em breve vão descobrir”, respondeu.

Os ataques foram recomendados pelo Pentágono e estavam entre as várias opções apresentadas a vários membros seniores da administração Trump.

A operação foi cancelada por volta das 19:30 em Washington, 00:30 em Lisboa. O cancelamento teve lugar depois de Donald Trump ter passado o dia de quinta-feira a discutir a estratégia para o Irão com os seus conselheiros para a defesa e líderes do Congresso.

Sobre o abatimento do drone, Donald Trump disse anteriormente: “O Irão cometeu um grande erro”, escreveu nas redes sociais.

“Acho difícil de acreditar que foi intencional, se querem saber a verdade. Penso que pode ter sido alguém sem controlo e estúpido que fez isto”.

O Irão garante que o drone violou espaço aéreo do país, com Washington a insistir que o drone encontrava-se em águas internacionais.

Se o drone tivesse alguém a bordo, Donald Trump garante que teria feito uma “grande diferença”.

Recorde-se que Donald Trump rasgou o acordo alcançado entre os Estados Unidos, na altura liderados por Barack Obama, e o Irão, com o objetivo de reduzir o programa nuclear iraniano, em troca do alívio de sanções.

A administração Trump tem estado a aumentar a pressão económica sobre o Irão há mais de um ano, com o governo iraniano a considerar que as sanções são “terrorismo económico”.

Os Estados Unidos têm vindo a aumentar a sua presença militar no Golfo Pérsico, devido à tensão com o Irão: enviaram um porta-aviões e milhares de soldados para a região.

“Não temos nenhuma intenção de entrar em guerra com nenhum país, mas estamos completamente preparados para a guerra”, disse o comandante da guarda revolucionária do Irão, o general Hossein Salami num discurso na televisão.

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