Sem que seja possível haver uma conclusão independente sobre mais esta ocorrência, o jornal ‘Independent’ de hoje avança que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá partilhado uma série de tweets anti-muçulmanos alegadamente oriundos de um grupo extremista de direita da Grã-Bretanha. Os tweets mostram vídeos originalmente partilhados pela conta da deputada Jayda Fransen, do Grã-Bretanha Primeiro, todos eles envolvendo alegados muçulmanos a praticar diversas agressões.
https://twitter.com/JaydaBF/status/935609305574903812
https://twitter.com/JaydaBF/status/935805606447013888
https://twitter.com/JaydaBF/status/935775552102981633
Jayda Fransen foi presa por causa de um discurso pronunciado numa manifestação em Belfast – o último de uma série de incidentes sobre os seus discursos de ódio, assédio religioso e incitamento à violência na Grã-Bretanha. A sua conta no Twitter, parcialmente automatizada, partilha frequentemente vídeos não verificados alegando que os imigrantes e os muçulmanos atacam fisicamente ou verbalmente pessoas na Europa.
Fransen é vice-presidente do Grã-Bretanha Primeiro, que se classifica como um partido político – o que não é aceite por todos – e tem desenvolvido um trabalho internacional de reagrupamento dos interesses europeus da extrema-direita. No ano passado, os líderes do grupo britânico viajarem até à Polónia para se encontrarem com grupos locais de extrema direita, na presença de grupos semelhantes de outras nacionalidades. A ideia de Fransen e dos seus correligionários é aumentar a coordenação internacional destes grupos – que normalmente caem sob a alçada da lei nos países da União Europeia.
Citado pelo ‘Independent’, Nick Ryan, da organização Hope Not Hate, disse estar “incrédulo que o líder do mundo livre partilhasse conteúdos de um dos mais famosos grupos de extrema-direita do Reino Unido”. Igualmentye, o secretário da organização Unite Against Fascism, Weyman Bennett, disse que “o Sr. Trump deve ser condenado pelas ações deploráveis” em que participa.