O Departamento de Justiça argumenta que três das leis estaduais que, entre outras coisas, impedem a polícia de inquirir as pessoas sobre a sua situação legal nos Estados Unidos e de participar em ações de fiscalização das autoridades federais de imigração são inconstitucionais e estão a impedir os agentes federais de fazerem o seu trabalho.
O processo judicial nomeia como arguidos o estado da Califórnia, o respetivo governador, Jerry Brown, e o procurador-geral, Xavier Becerra.
As autoridades californianas mantiveram-se caracteristicamente desafiadoras, prometendo defender a sua legislação histórica.
“Eu digo: eles que venham”, declarou o presidente do Senado da Califórnia, Kevin de Leon, um democrata de Los Angeles que elaborou a lei estadual de santuário.
Esta foi a mais recente jogada na disputa crescente entre a Administração Trump e a Califórnia, que tem resistido ao Presidente em questões como impostos e política sobre a marijuana e se tem recusado, de forma provocadora, a ajudar os agentes federais a deter e deportar imigrantes ilegais.
As autoridades da Imigração e Fronteiras anunciaram que vão aumentar a sua presença na Califórnia, e o Procurador-Geral, Jeff Sessions, quer cortar verbas às jurisdições que não cooperarem.
Na terça-feira à noite, o governador californiano, Jerry Brown, imitou Trump, escrevendo na rede social Twitter: “Numa altura de convulsão política sem precedentes, Jeff Sessions veio à Califórnia para dividir e polarizar ainda mais os Estados Unidos da América. Jeff, estas manobras políticas podem ser a norma em Washington, mas aqui não funcionam. TRISTE!!!”.
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