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Trump prossegue com indultos a figuras condenadas na investigação à ingerência russa de 2016

Trump continua a emitir indultos presidenciais focados na investigação à ingerência russa no ato eleitoral de 2016 que o consagrou como presidente dos EUA, processo que o republicano sempre classificou como uma “caça às bruxas”.
24 Dezembro 2020, 17h45

Donald Trump, o presidente cessante dos EUA, emitiu uma nova leva de perdões presidenciais esta quarta-feira que inclui dois antigos homens próximos do político e empresário condenados pelo seu envolvimento com a tentativa russa de interferência nas eleições norte-americanas, Paul Manafort e Roger Stone.

Manafort, o antigo presidente da campanha presidencial de Trump em 2016, e Stone, conselheiro do ainda presidente, haviam sido condenados na sequência da investigação especial de Robert Mueller à ingerência russa no ato eleitoral de 2016 que consagrou Trump como o 45º presidente dos EUA.

Também Charles Kushner, conhecido empreendedor imobiliário e pai do genro de Trump, recebeu um perdão presidencial nesta nova vaga. O filho deste, Jared Kushner, encontrava-se a bordo do Air Force One juntamente com o presidente quando este anunciou o indulto.

Trump continua assim a atacar os resultados da investigação à interferência russa, depois de ter já emitido perdões ao seu antigo conselheiro de defesa nacional, Michael Flynn, e ao antigo conselheiro George Papadopoulos.

A procuradoria-geral do estado de Nova Iorque já fez saber que continuará a procurar levar em frente as acusações a Paul Manafort, que estará, suspeitam os procuradores do estado, envolvido em esquemas de fraude hipotecária. O republicano cumpria uma sentença de sete anos e meio, enquanto que Roger Stone havia já visto a sua pena reduzida após intervenção do presidente, depois de ter sido originalmente condenado a três anos e quatro meses de prisão.

Até 20 de janeiro, dia em que abandona o cargo após um só mandato, Trump deverá continuar a fazer uso da possibilidade prevista na Constituição de perdoar cidadãos condenados pela Justiça americana. Até agora, o presidente cessante tem utilizado esta possibilidade em número mais diminuto do que a maioria dos seus predecessores.

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