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Trump ultrapassa Obama pela primeira vez enquanto homem mais admirado pelos norte-americanos

Sondagem anual da Gallup põe o ainda presidente dos Estados Unidos à frente do antecessor graças ao apoio dos republicanos e à divisão dos democratas entre Obama e Biden. Já Michelle Obama continua a ser a mulher mais admirada e Melania Trump torna-se a terceira primeira-dama a não atingir a liderança.
  • REUTERS/Kevin Lamarque
29 Dezembro 2020, 17h50

O ainda presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado pela primeira vez o homem mais admirado para os norte-americanos, superando o seu antecessor, Barack Obama, que liderava há 12 anos consecutivos a sondagem anual realizada pela empresa de estudos de opinião Gallup.

Para a vantagem de Trump, tido como o homem mais digno de admiração em 2020 por 18% dos compatriotas contribuiu a sua enorme popularidade entre os republicanos (48% indicaram o seu nome) e a divisão de preferências dos democratas entre Obama, ainda assim escolhido por 15% dos inquiridos pela Gallup, e o seu antigo vice-presidente e agora presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que ficou num distante terceiro lugar, com 6% do total de respostas.

Apesar de 2020 ser o ano em que Trump perdeu a reeleição para o rival democrata e ficou associado a falhas no combate à pandemia de Covid-19, que infetou até agora quase 20 milhões de norte-americanos, provocando a morte a mais de 343 mil, também conseguiu igualar Obama entre os norte-americanos que não estão registados como eleitores dos dois principais partidos, verificando-se um empate a 11%.

Os baixos níveis de popularidade ao longo do mandato impediram que o ainda presidente dos Estados Unidos ultrapassasse nos anos anteriores Barack Obama, que por sua vez perdeu a oportunidade de suplantar Dwight Eisenhower, o militar republicano que cumpriu dois mandatos na Casa Branca depois da Segunda Guerra Mundial. Ambos foram o homem mais admirado pelos compatriotas durante 12 anos, embora o recordista entre os que constaram no top ten seja o reverendo Billy Graham, com 61 menções, quase o dobro das 31 conseguidas pelo antigo governador da Califórnia e presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan.

Atrás de Trump, Obama e Biden ficou Anthony Fauci, o responsável médico pela luta contra a pandemia que muitas vezes entrou em choque com as diretivas emanadas da Sala Oval. Obteve 3% das respostas, com cinco vezes mais apoio entre eleitores democratas do que nos republicanos. Logo a seguir ficou o Papa Francisco, apontado por 2% dos que responderam à sondagem anual da Gallup, com a lista dos dez mais admirados a completar-se com o empreendedor Elon Musk, o senador Bernie Sanders, o fundador da Microsoft Bill Gates, o basquetebolista LeBron James e o Dalai Lama.

Michelle Obama lidera entre as mulheres

Já entre as mulheres mais admiradas pelos norte-americanos manteve-se o domínio do casal Obama, pois a antiga primeira-dama Michelle Obama continuou a liderar, pelo terceiro ano consecutivo, com 10% das respostas, bastante à frente da vice-presidente eleita Kamala Harris, que mereceu apoio de apenas 6% dos inquiridos.

No terceiro lugar do pódio ficou a ainda primeira-dama Melania Trump, com apenas 4%, confirmando-a como a terceira mulher de presidente dos Estados Unidos a não conseguir liderar a sondagem da Gallup, seguindo as pisadas de Bess Truman e Lady Bird Johnson.

Entre as outras sete mulheres na lista das dez mais admiradas, com a apresentadora televisiva Oprah Winfrey a destacar-se na quarta posição, com 3% das respostas, as únicas novidades foram a congressista Alexandria Ocasio-Cortez, autoproclamada socialista e líder da ala esquerda do Partido Democrata, e a juíza conservadora Amy Coney Barrett, nomeada para o Supremo dos Estados Unidos por Donald Trump, As restantes foram a chanceler alemã Angela Merkel, a ex-candidata presidencial, secretária de Estado, senadora e primeira-dama Hillary Clinton, a rainha Isabel II de Inglaterra e a ativista contra as alterações climáticas Greta Thunberg.

As três mulheres que apareceram mais vezes nas listas anuais da Gallup foram Isabel II (52 vezes entre as dez mais admiradas pelos norte-americanos), a já falecida primeira-ministra britânica Margaret Thatcher (34 vezes) e Oprah Winfrey (33 vezes), seguindo Hillary Clinton, que obteve em 2020 a 29.ª menção.

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