O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou hoje a votação, no parlamento, de medidas sociais a partir de sexta-feira, data limite dada pelo Eurogrupo à Grécia para pedir uma extensão do seu programa de ajuda.
Estas medidas “vão fortalecer os empregados, os desempregados, as pequenas e médias empresas e vão relançar a economia”, explicou Tsipras.
As medidas contrariam as recomendações do programa de ajuda.
“A Grécia não aceita as condições e os ultimatos”, afirmou Tsipras perante os deputados do seu partido da esquerda radical Syriza.
Tsipras acusou ainda o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, de ter “perdido o seu sangue frio” e de se ter “dirigido de modo humilhante à Grécia” quando referiu ter “pena dos gregos” durante as discussões do Eurogrupo na segunda-feira em Bruxelas.
“Com grande respeito e amizade, gostaria de lhe dizer que devia ter pena das pessoas que andam com as cabeças dobradas”, disse Tsipras, numa referência à recusa da Grécia de se curvar perante a Alemanha em termos de austeridade.
As medidas sociais vão enfrentar a “crise humanitária causada pelos erros na receita do resgate”, disse.
“Esta é a dívida que devemos pagar primeiro. Não vamos trair a confiança do povo grego”, adiantou.
OJE/Lusa