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Turismo do Algarve já procura substitutos para a Thomas Cook

O Turismo do Algarve está a acompanhar de perto a falência da Thomas Cook, juntamente com o Aeroporto de Faro e as associações representativas do setor, no sentido de encontrar soluções para minimizar os efeitos desta situação no turismo da região.
24 Setembro 2019, 12h24

Após o anúncio da falência da operadora britânica Thomas Cook, a primeira medida do Turismo do Algarve foi contribuir para o acolhimento e regresso a casa dos turistas que permanecem na região e que foram afetados.

“Estamos a falar de um universo de cerca de 500 pessoas e, nesse sentido, acreditamos que esta não será uma operação complicada, uma vez que o Algarve conta com vários operadores e companhias aéreas que garantem ligações diretas aos principais aeroportos do Reino Unido, Alemanha e Holanda”, os principais mercados com quem este operador trabalhava, explica João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve.

Paralelamente, a entidade está a intensificar os esforços para suprir as perdas resultantes da falência da Thomas Cook, sendo que a estratégia passa, entre outros pontos, pelo reforço das negociações com outros operadores turísticos que possam vir a ocupar o espaço até aqui explorado por esta empresa britânica e pela realização de campanhas de marketing conjuntas, no sentido de promover o potencial da oferta da região e de incrementar as vendas do destino. “A nossa expectativa é a de que muitos dos atuais clientes da Thomas Cook possam, muito em breve, encontrar resposta nas companhias e operadores concorrentes”, reforça João Fernandes.

Ainda sobre os expectáveis efeitos desta situação, o responsável mostra-se preocupado na medida em que a Thomas Cook era um dos operadores com grande tradição no Algarve, com quem a região trabalhava há já muitos anos. “A notícia da sua falência é naturalmente preocupante, sobretudo no que diz respeito aos prejuízos que daí podem advir para alguns dos nossos hoteleiros”, sublinha João Fernandes, sem seixa de ressalvar que, apesar do relacionamento duradouro, este não era atualmente o principal operador para este destino.

“O peso que, hoje em dia, esta empresa tinha no turismo da região é bastante inferior ao que existia no passado. A Thomas Cook, que já foi proprietária de hotéis no Algarve, neste momento tinha a sua operação na região assente na venda de pacotes integrados de alojamento e transporte aéreo, o correspondente a cerca de 10 mil passageiros anuais desembarcados, valor este que equivale a 0,2% do fluxo total de visitantes que chegam ao destino via aérea, pelo que não podemos dizer que seja muito expressivo”, conclui.

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