Turistas britânicos continuam a liderar visitas a Portugal apesar de quebra de 78%

Por regiões, a área metropolitana de Lisboa registou o maior recuo em 2020 em termos de dormidas, seguida das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Todos os principais mercados emissores de turistas registaram quebras acima de 65% em 2020, com três mercados a registarem quedas acima dos 80%: Irlanda, Estados Unidos da América e China (83%).

O Reino Unido voltou a liderar em 2020 o ranking de mercados emissores de turistas em Portugal, apesar de ter registado uma quebra de 78,5% face a período homólogo.

Desta forma, o Reino Unido representou 16,3% das dormidas (recuando 2,8 pontos percentuais), com mais de dois milhões de turistas, seguido dos mercados da Alemanha (14,6%) e de Espanha (14,5%), com estes dois últimos a registarem quebras de 69% e de 66%, respetivamente.

Recorde-se que as viagens entre Portugal e o Reino Unido estiveram várias vezes dificultadas em 2020 devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, e que parte do verão foi afetado por estas restrições.

A 20 de agosto o governo de Boris Johnson retirou Portugal da lista vermelha, ou seja, os viajantes com origem em Portugal deixavam de estar sujeitos a uma quarentena de 14 dias à chegada a Inglaterra. Mas menos de um mês depois, e com o aumento dos casos em Portugal, Londres voltou a colocar Portugal nos países sujeitos a restrições.

Seguem-se no ranking dos mercados emissores de turistas em Portugal, sempre com variações muito negativas em relação a 2019, França (-70%), Países Baixos (-65%), Brasil (-76%) e Itália (-74%). Os dados foram divulgados esta segunda-feira, 15 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Todos os principais mercados registaram quebras significativas em 2020, acima de 65%, com três mercados a registarem quedas acima dos 80%: Irlanda (89%), Estados Unidos (87%) e China (83%).

Por regiões, a área metropolitana de Lisboa registou o maior recuo em 2020 em termos de dormidas (-71%, para 5,3 milhões), seguida da região autónoma dos Açores (-71%, para 654 mil) e a região autónoma da Madeira (-67%, para 2,4 milhões).

Seguiram-se o Algarve (-62%), a região Norte (-59%), a região Centro (-52%) e o Alentejo (-37%).

Em termos de dormidas de residentes, Lisboa registou a maior queda (-49%, para 1,965 milhões). As regiões com quedas menos expressivas foram o Algarve e Alentejo (em ambos os casos, uma quebra de 23%), com 3,8 milhões e 1,4 milhões, respetivamente.

Em termos de dormidas de não residentes, a maior queda registou-se nos Açores, menos 84% para 198 mil pessoas. A queda menos expressiva foi registada no Alentejo com menos 64% para 353 mil dormidas.

Já o Algarve registou uma queda de 74% de dormidas de não residentes, para quatro milhões, com a área metropolitana de Lisboa a registar uma queda de 77% para 3,3 milhões. A Madeira registou uma queda de 70%, para 1,9 milhões, enquanto o Norte teve uma queda de 74% para 1,6 milhões.

Os hotéis em Portugal receberam menos 61,3% de hóspedes em 2020 face a período homólogo, para um total de 10,5 milhões de hóspedes. Já o número de dormidas caiu 63%, para 26 milhões, segundo os dados do INE hoje divulgados.

De acordo com estes dados, foram registadas 13,6 milhões de dormidas de residentes (cidadãos a residir em Portugal), menos 35% face a período homólogo, o “valor mais baixo desde 2013”.

Em termos de dormidas de não residentes (turistas que não residem em Portugal), estas recuaram 75% para 12,3 milhões de dormidas, o “valor mais baixo desde 1984”.

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O INE divulgou hoje os dados relativos ao sector turístico em Portugal em 2020. As dormidas de não residentes atingiram o valor mais baixo em 36 anos. Já as dormidas de residentes registaram o nível mais baixo desde 2013.
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