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Turistas britânicos podem ficar proibidos de entrar na União Europeia a 1 de janeiro

“O Reino Unido não é parte do espaço Schengen e, com o fim do período de transição, vai deixar de ser tratado como se fosse um Estado-membro”, apontou um funcionário da Comissão Europeia à “CNN”. Em causa estão os planos anti-Covid.
  • Aeroporto de Heathrow, Londres
10 Dezembro 2020, 18h05

Os turistas britânicos podem ser proibidos de entrar na União Europeia a partir do próximo dia 1 de janeiro, quando o Brexit entrar efetivamente em vigor, revela a “BBC”. Esta regra é geral para toda a União Europeia e deve-se ao Covid-19, uma vez que as restrições em vigor proíbem viagens não essenciais para a Europa devido ao contágio.

Desta forma, todos os britânicos que se queiram deslocar para o espaço da União Europeia têm de ter justificação plausível, existindo 11, como uma viagem de trabalho, ser profissional de saúde, diplomatas ou estando a viajar por motivos familiares inadiáveis. No entanto, a “CNN” aponta que as restrições entram em vigor mesmo que os dois lados das negociações cheguem a um acordo.

“O Reino Unido não é parte do espaço Schengen e, com o fim do período de transição, vai deixar de ser tratado como se fosse um Estado-membro”, apontou um funcionário da Comissão Europeia à “CNN”, acrescentando que já deu entrada uma recomendação para que o Reino Unido fique na lista das restrições no que toca a viagens.

Desde o início da pandemia que apenas os viajantes de países com pequenas taxas de infeção são considerados qualificados para as viagens não essenciais, não necessitando de autorização e podendo voar livremente. De acordo com o mesmo funcionário da Comissão Europeia, atualmente existem apenas oito países na lista de aprovação e não existem planos para adicionar o Reino Unido.

O secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, apontou que o Reino Unido já está à espera que a União Europeia e os seus estados membros apliquem restrições “inevitáveis” às livres viagens, estando a ponderar uma solução apesar das negociações continuarem em cima da mesa, existindo a possibilidade de uma mudança.

Uma das alternativas já estudadas pelo Reino Unido é que os países membros, de forma individual, se sobreponham às regras da União Europeia e criem corredores aéreos exclusivos para o Reino Unido, como foi feito no verão.

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