Turquia e Paquistão assinaram esta sexta-feira um acordo comercial destinado a aumentar o comércio bilateral para valores próximos dos cinco mil milhões dos cinco mil milhões de euros, mas é o lado político do acordo que os analistas preferem tomar como foco.
A aproximação entre os dois países islâmicos parece obedecer a uma logica de incremento da Turquia como potência regional – um elemento central da estratégia de aprofundamento do caráter presidencialista do regime, tão ao gosto de Recep Erdogan. Mas, para os analistas, é esta aproximação que poderá permitir que o diálogo com o Paquistão, sempre extremamente difícil, possa beneficiar a relação de forças que se estabeleceu na região.
O maior desafio é com certeza o relacionamento entre o Paquistão e a Índia – marcado por uma forte tensão – mas as complexas relações entre o Paquistão e o Afeganistão também fazem parte das preocupações centrais da comunidade internacional.
O interesse da Turquia – que por estes dias tem dado lições de diplomacia ao mundo – pode ser um importante catalisador das mudanças.
A cerimónia de assinatura do acordo deu-se na capital do Paquistão, Islamabad, e contou com a presença do primeiro-ministro Shahbaz Sharif, do ministro do Comércio do Paquistão, Syed Naveed Qamar, e do seu homólogo turco, Mehmet Muş. O acordo comercial foi gizado durante uma visita de Sharif a Ancara, em junho passado.
“Hoje assinámos o Acordo de Comércio de Bens, que abrirá muitas oportunidades entre os nossos dois grandes países”, disse o primeiro-ministro paquistanês, citado pela imprensa turca. “A assinatura deste acordo levará a alcançar patamares muito mais altos em termos de comércio e investimento“, acrescentou.
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