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Turquia: liderança do “sim” reduzida para 52,8%

Com 90% dos votos contados, o “não” assumiu a liderança em Istambul, mas o “sim” ainda vai à frente
  • Kayhan Ozer/REUTERS
16 Abril 2017, 17h44

A liderança do “sim” à mudança do sistema político na Turquia reduziu-se para 52,8%, quando estão contados cerca de 90% dos votos expressos no referendo de hoje, segundo informação da agência de notícias estatal turca Anadolu.

Depois de um início em que o “sim” levava uma clara vantagem, com 63% dos votos, quando estavam contados cerca de 25% dos boletins, os votos no “não” ganharam vantagem.

Segundo a Anadolu, citada pela agência de notícias internacional Reuters, o “não” assumiu a liderança em Istambul, a maior cidade da Turquia.

No referendo de hoje está em causa uma mudança de sistema político, de parlamentar para presidencialista.

Se a reforma constitucional proposta pelo presidente da Turquia, Recep Erdogan, for aprovada, o cargo de primeiro-ministro é eliminado e os seus poderes são transferidos para o chefe de Estado.

As sondagens antes da votação mostravam um país partido ao meio, com o “sim” e o “não” ao novo sistema presidencialista praticamente empatados, em certos casos com apenas meio ponto de diferença.

Os opositores de Erdogam receiam que uma vitória do “sim” no referendo seja apenas mais um passo para o avanço de um regime autocrático do atual presidente.

A vitória do “sim” permitirá ao presidente, o mentor desta consulta eleitoral, um reforço do regime presidencialista.

Será autorizado a concretizar 18 reformas constitucionais, terá poder para designar ministros e altos responsáveis oficiais, para nomear metade dos membros da mais alta instância judicial do país (HSIK) ou declarar o estado de emergência, e emitir decretos.

Permitir-lhe-á, também, permanecer no cargo até 2029.

Cerca de 58 milhões de pessoas estavam aptas a votar em 167.000 assembleias de voto.

Os primeiros relatos sugerem que a participação foi muito elevada.

Os resultados deverão ser anunciados no final da noite de hoje, 16 de abril.

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