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Turquia opõe-se à entrada de Finlândia e Suécia na NATO

Para a entrada de novos membros na aliança atlântica é preciso que todos os 30 membros ratifiquem a entrada.
  • Recep Tayyip Erdoğan, presidente Turquia
13 Maio 2022, 20h28

O presidente turco manifestou-se contra a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, por acolherem militantes curdos que a Turquia considera como terroristas. “Estamos a seguir cuidadosamente os desenvolvimentos relativos à Suécia e Finlândia, mas não somos de opinião favorável”, disse Recep Tayyip Erdogan aos jornalistas em Istambul, citado pelas agências AFP e AP.

“Estamos a seguir todos os desenvolvimentos em relação à Suécia e Finlândia, mas não sentimos nada de positivo em relação a isto”, disse Erdogan esta sexta-feira.

Para a entrada de novos membros na aliança atlântica é preciso que todos os 30 membros ratifiquem a entrada e a Turquia parece estar contra a decisão dos dois vizinhos da Rússia. A Turquia é membro da NATO desde 1952 e é um dos principais baluartes da aliança perante os países do Ocidente.

Erdogan disse que não “queria ver uma repetição do erro cometido” contra a Turquia com a entrada da Grécia na NATO, acusando Helsínquia e Estocolmo de “abrigar terroristas do PKK”, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

“Os países escandinavos, infelizmente, são quase como casas de hóspedes de organizações terroristas”, disse Erdogan, citando o PKK, classificado como uma organização terrorista pela Turquia, mas também pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos. Os comentários do presidente da Turquia parecem dirigir-se à minoria curda que se encontra na Suécia e que, para Erdogan, faz parte do PKK, organização que a Turquia considera terrorista.

A reação da Turquia é a primeira voz discordante no seio da NATO sobre a perspetiva da adesão da Finlândia e da Suécia.

A Rússia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia exigiu à NATO a proibição da entrada do país vizinho na organização e o recuo de tropas e armamento dos aliados para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.

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