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U2. Bono admite não gostar da sua voz nos primeiros êxitos da banda

Bono confessou ganhar um tom “escarlate”, usando uma expressão de Dublin, quando se ouve no primeiro álbum da banda e frisou que continua a não gostar do nome escolhido há mais de quatro décadas.
  • Bono Vox
21 Janeiro 2022, 11h30

Bono, vocalista dos U2, admitiu à “The Hollywood Reporter” no passado domingo, dia 16, ficar “envergonhado” quando ouve a sua voz nos primeiros êxitos da banda, e frisou que não gosta do próprio nome que escolheram há 43 anos.

“Eu estava no carro quando uma das nossas músicas tocou no rádio e fiquei, como dizemos em Dublin, escarlate”, disse no podcast “Awards Chatter”.

A “The Rolling Stone” escreveu que Bono terá explicado que, embora “a banda soasse incrível” na época, ele não é particularmente fã da sua voz. “Acho-a muito estranha e nada masculina. E o meu lado de macho irlandês ficou um pouco tenso com isso”, disse, acrescentando que só se tornou cantor “recentemente”.

O cantor, agora com 61 anos, destacou que, embora o álbum de estreia, Boy, tenha “material único e original”, faltava alguma coisa às músicas. “Eu olho para trás e digo, ‘Deus!’”, exclamou.

“Nós não sabíamos muito sobre música. Inventávamos”, explicou. “Quando não tens teoria musical naquele nível, escreves a tua própria.” Foi nessa altura que The Edge, compositor, entrou na conversa para dizer que “as músicas foram escritas para o palco mais do que para o rádio”.

A banda irlandesa, composta ainda por Adam Clayton e Larry Mullen, mudou de nome há 43 anos, de Hype para U2.

“Não foi o que mais chamou a nossa atenção, mas foi o que menos odiámos. Adorámos que não fosse óbvio pelo nome a forma como a banda iria soar ou ser”, disse Edge. “Nós realmente não adorámos [o nome] no início”.

A “The Rolling Stone” nota que Bono interrompeu-o com uma risadinha. “Eu ainda não gosto. Não gosto mesmo. Estava atrasado nalgum tipo de dislexia”, disse. “Também não sabia que os Beatles eram um trocadilho mau”. O vocalista acrescentou que era suposto o nome ser “futurista, mas acabou por implicar algum tipo de aquiescência”.

Juntos desde 1976, o grupo conheceu-se na escola secundária, sem se saber que tornariam a banda com mais longevidade da história dos grandes nomes da  música. Desde então produziram 14 álbuns de estúdio e venderam mais de 157 milhões de cópias, segundo a “The Hollywood Reporter”.

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