O banco suíço UBS obteve, no primeiro semestre, um resultado líquido de 4,24 mil milhões de dólares (4,15 mil milhões de euros ao câmbio atual), o que representa um crescimento de 10,8% face ao ano anterior.
Mas no segundo trimestre, que o banco apelida de “desafiante”, o UBS aumentou os lucros em 5% para 2,1 mil milhões de dólares (2,06 mil milhões de euros), tendo ficado aquém das estimativas dos analistas (2,4 mil milhões de dólares).
O banco suíço não escapou ao impacto da queda nos mercados, o que penalizou a atividade nas unidades de gestão de fortunas e banca de investimento.
O UBS está a sofrer resgates de dinheiro dos seus clientes devido ao contexto económico e geopolítico.
O CEO, Ralph Hamers, classificou o segundo trimestre como um dos “períodos mais desafiantes dos últimos 10 anos” devido à subida da inflação, guerra na Ucrânia e pandemia na China.
A incerteza motivou os clientes a retirar dinheiro do banco, o que se refletiu nos resultados.
As receitas totais da UBS subiram 4% no primeiro semestre, para 18,3 mil milhões de dólares (17,9 mil milhões de euros), mas praticamente não cresceram no segundo trimestre, já que se ficaram em 8,9 mil milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros).
As receitas do banco de investimento chegaram a 2,094 mil milhões de dólares (2,04 mil milhões de euros) no segundo trimestres, uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
O banco destaca a sua rentabilidade ao reportar 18,9% de “return on CET1 capital”.
O UBS estreou a temporada de resultados dos grandes bancos em toda a Europa, com os analistas atentos a uma economia mais fraca, a taxas de juros mais altas e ao impacto da guerra na Ucrânia na atividade e perspetivas.
As ações da UBS caem 5,4%.