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Ucrânia: Biden diz que aliados da NATO não serão “intimidados” por Putin

O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou hoje que os Estados Unidos e seus aliados não se deixarão “intimidar” pelo seu homólogo russo Vladimir Putin, e prometeu que a NATO defenderá “cada centímetro” do seu território.
  • Michael Reynolds/EPA via Lusa
30 Setembro 2022, 20h18

“A América e seus aliados não se deixarão assustar nem intimidar” e estão “preparados (…) para defender cada centímetro do território da NATO”, afirmou durante um discurso na Casa Branca, numa referência à anexação por Moscovo de quatro províncias do leste ucraniano.

“As ações de Putin são um sinal de que está com problemas”, prosseguiu, para reiterar que nem os Estados Unidos nem o mundo vão reconhecer os referendos de anexação que decorreram recentemente no leste da Ucrânia.

Biden disse que a Rússia “não pode apoderar-se do território do seu vizinho” e “sair impune”. Assim, assegurou que Washington vai prosseguir a ajuda militar à Ucrânia para se defender da agressão russa.

“Os Estados Unidos e os aliados da NATO estão preparados para defender cada centímetro do seu território”, reafirmou. “Putin não deve interpretar mal estas palavras: cada centímetro”, precisou.

Numa referência ao gasoduto Nord Stream, Biden referiu-se a um “ato deliberado de sabotagem” e assegurou, em resposta às acusações de Moscovo sobre um alegado envolvimento de Washington no incidente, que a Rússia “está a difundir mentiras”.

No entanto, admitiu que ainda “não se sabe” qual a origem da fuga de gás dos gasodutos submarinos e que está a colaborar com os aliados para um total esclarecimento, com o objetivo de “reforçar a proteção destas estruturas cruciais”.

“Não vamos escutar o que Putin diz porque sabemos que não é verdade”, frisou.

Moscovo insistiu na necessidade de efetuar uma investigação sobre as circunstâncias dos “ataques sem precedentes” aos gasodutos russos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, e insinuou que os Estados Unidos beneficiam com este incidente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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