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Ucrânia: como gerir uma startup em tempos de guerra?

Desde que começou a guerra que o fundador do Lemon.io, Aleksandr Volodarsky tem feito de tudo para ajudar os seus funcionários a lidar com as consequências da invasão.
10 Agosto 2022, 14h00

Para muitos pode parece impensável gerir um negócio em tempos de guerra, mas isso é exactamente o que o fundador do Lemon.io, Aleksandr Volodarsky, está a fazer. O empresário contou como têm sido os últimos meses.

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, Volodarsky disse aos 60 trabalhadores que os empregos seriam mantidos e que continuariam a receber salários – mesmo que fossem mobilizados ou lutassem voluntariamente.

“Muitas pessoas foram deslocadas e perderam os empregos, o que não ajudou muito porque se tiveram que passar por esta experiência e também de se preocupar com a renda, é como uma ansiedade dupla”, disse Volodarsky, segundo a “CNBC”.

Volodarsky também decidiu pagar os funcionários antecipadamente e em dinheiro. “Mais perto da guerra, as pessoas ficaram mais nervosas e nós dissemos: vamos tentar fazer alguns planos para que as pessoas se sintam confiantes”, lembrou.

“Decidimos dar às pessoas dois meses de salário adiantado para que tivessem dinheiro. Aconteça o que acontecer, as pessoas sempre precisam de dinheiro. O sistema bancário pode cair, aconteça o que acontecer”, frisou, acrescentando que “dar dinheiro às pessoas não é difícil”. “Somos capazes de fazer isso porque conseguimos gerar algum dinheiro e ainda somos lucrativos”, acrescentou.

Além de manter postos de trabalho e ter adiantado dinheiro, o CEO da Lemon.io começou a orientar a equipa para alcançar o objetivo estabelecido antes da guerra, que era a plataforma ser “a principal fonte de renda” dos engenheiros de software.

“Também temos objetivos menores para melhorar a plataforma e a experiência do utilizador. As pessoas [na empresa] estão empolgadas porque realmente podem fornecer empregos [para] muitos ucranianos”, explicou.

Agora, “o maior problema é não ter pessoas a trabalhar no seu lugar. Um dos [funcionários] que está a lutar na linha de frente é nosso diretor de marketing”, começou por explicar Aleksandr Volodarsky,

“Uma das perguntas mais difíceis agora é: como contratamos outra pessoa – ou não contratamos outra pessoa – e mantemos a [primeira] pessoa?”, questionou-se

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