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Ucrânia diz que situação está a ficar crítica na maior central nuclear da Europa (com áudio)

Há dois dias, quando anunciou a viagem, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, explicou que o encontro serviria para discutir a situação da central nuclear de Zaporizhzhia, além de encontrar uma solução política para o conflito com a Rússia.
18 Agosto 2022, 13h05

A Ucrânia diz que a situação está a ficar crítica naquela que é a maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, que foi ocupada pelas forças militares russas em março.

“É impossível garantir a segurança da central nuclear enquanto as forças de ocupação russas estiverem lá”, diz Denys Monastyrskyy, ministro do Interior da Ucrânia, citado pela “BBC”.

As autoridades acreditam dizem que a atividade da central pode ser cessada à medida que Moscovo tenta redirecionar a eletricidade para a Crimeia, que anexou há oito anos.

“Tem havido muitas mais explosões e tornou-se demasiado perigoso ficar lá”, disse uma testemunha no local, citada pela “BBC”.

Incapaz de forçar os russos da maior central nuclear da Europa, o país tenta, em vez disso, preparar-se para o pior, se tal acontecer.

No início do mês, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, alertou que a situação na central “está completamente fora de controlo”.

“Todos os princípios de segurança nuclear foram violados” disse, avançando que “o que está em jogo é extremamente grave e extremamente perigoso”.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vai reunir-se hoje com o presidente ucraniano e com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Lviv, onde vão discutir esta questão. 

Há dois dias, quando anunciou a viagem, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, explicou que o encontro serviria para discutir a situação da central nuclear de Zaporizhzhia, além de encontrar uma solução política para o conflito com a Rússia.

A Ucrânia e a Rússia culpam-se mutuamente pelos bombardeamentos perto da central nuclear do leste da Ucrânia. Atualmente, a central é mantida em funcionamento por técnicos ucranianos, segundo a “Reuters”.

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