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Ucrânia. Exército acusa Bielorrússia de bombardear a região fronteiriça de Chernigiv

A Bielorrússia, aliado diplomático de Moscovo, bombardeou a região fronteiriça de Chernigiv, na Ucrânia, a nordeste de Kiev, disse este sábado o Exército ucraniano, acrescentando que o ataque não causou vítimas e afetou uma infraestrutura.
25 Junho 2022, 11h33

“Por volta das 05:00 [02:00 em Lisboa], a região de Chernigiv sofreu um bombardeio maciço de mísseis. Vinte ‘rockets’ atingiram a vila de Desna, disparados do território da Bielorrússia”, informou o Comando Norte das tropas ucranianas, numa publicação na rede social Facebook, acrescentando que “não houve vítimas” nesta fase e apenas “uma infraestrutura foi afetada”, sem indicar se se trata de uma instalação militar ou não.

Segundo a agência de notícias France-Presse, Kiev acusou a Rússia de estar a “arrastar” Minsk para a guerra.

“O ataque de hoje está diretamente ligado aos esforços do Kremlin para atrair a Bielorrússia para a guerra na Ucrânia como cobeligerante”, disse a Diretoria-Geral de Inteligência da Ucrânia, ligada ao Ministério da Defesa, na rede social Telegram.

Desna, uma pequena vila de 7.500 habitantes antes da guerra, está localizada a 70 quilómetros a norte de Kiev e à mesma distância ao sul da fronteira com a Bielorrússia.

O ataque ocorre numa altura em que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, se encontram, hoje, em São Petersburgo, na Rússia, antes de uma visita à Bielorrússia, marcada para quinta e sexta-feira, pelo chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.

Apesar de não ser beligerante no conflito com a Ucrânia, até ao momento, a Bielorrússia serviu de apoio logístico às tropas de Moscovo, especialmente nas primeiras semanas da ofensiva russa.

O país liderado por Lukashenko, desde 1994, tem sido, desde então, alvo de sanções ocidentais, também aplicadas contra a Rússia.

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