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Ucrânia: Guterres “em segurança”, mas “chocado” com bombardeamentos em Kiev (com áudio)

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que se encontra em visita a Kiev, “está seguro”, mas “chocado” após a capital ucraniana ter sido atingida por bombardeamentos russos no início da noite.
  • Secretary-General António Guterres (centre) visits residential neighborhoods of Irpin, in Ukraine’s Kyiv Oblast, Ukraine, 28 April 2022. “This horrific scenario demonstrates something that is unfortunately, always true: civilians always pay the highest price. Innocent civilians were living in these buildings. They were paying the highest price for a war for which they had not contributed at all. And this is something everybody should remember, everywhere in the world. Wherever there is a war, the highest price is paid by civilians,” said the Secretary-General in Irpin. ESKINDER DEBEBE/UN/LUSA
28 Abril 2022, 21h59

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que se encontra em visita a Kiev, “está seguro”, mas “chocado” após a capital ucraniana ter sido atingida por bombardeamentos russos no início da noite. “Estamos seguros”, disse a jornalistas Saviano Andreu, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês). À agência France-Presse (AFP), Andreu referiu ainda que “é uma zona de guerra, mas é chocante que tenha acontecido perto” de onde a delegação de Guterres está.

Kiev foi alvo esta quinta-feira de pelo menos dois bombardeamentos por parte das forças russas enquanto decorre a visita do secretário-geral da ONU, segundo autoridades locais e jornalistas da AFP.

Os correspondentes da AFP viram no local um edifício em chamas, janelas partidas, uma forte presença policial e socorristas. O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou no Telegram “dois ataques” a um dos distritos da capital.

A Ucrânia classificou como um “ato hediondo de barbárie” os bombardeamentos a Kiev enquanto decorria a visita do secretário-geral das Nações Unidas. “Com este ato hediondo de barbárie, a Rússia mais uma vez demonstra a sua atitude em relação à Ucrânia, à Europa e ao mundo”, salientou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kouleba, através da rede social Twitter.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou no Telegram “dois ataques” a um dos distritos da capital. “À noite, o inimigo atacou Kiev. Dois ataques no distrito de Chevchenkovsky”, atingindo um edifício residencial, referiu Vitali Klitschko, acrescentando que três pessoas ficaram feridas e estão hospitalizadas. “Os serviços de resgate e de emergência estão a trabalhar no local”, adiantou ainda.

Também Mikhail Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, denunciou no Twitter que os “mísseis atingiram o centro de Kiev durante a visita oficial de António Guterres”.

“Ontem ele [António Guterres] estava sentado numa mesa longa no Kremlin e hoje explodem mísseis em cima da sua cabeça”, apontou Podolyak.

Já o chefe da administração do gabinete presidencial, Andriï Yermak, sublinhou que está “é a prova” de que a Ucrânia “precisa de uma vitória rápida sobre a Rússia e que todas as pessoas civilizadas se devem unir aos ucranianos”.

“Devemos agir rapidamente. Mais armas, mais esforços humanitários, mais ajuda”, apelou, pedido ainda a retirada à Rússia do seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.

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