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Ucrânia precisa de 6,46 mil milhões de euros por mês para compensar perdas da guerra, diz Zelensky

“E vamos precisar de centenas de milhares de milhões de dólares para a reconstrução”, afirmou o chefe de Estado ucraniano, numa mesa-redonda sobre ajuda à Ucrânia que decorreu no âmbito dos encontros do FMI e do Banco Mundial, em Washington.
  • Volodymyr Zelensky/Twitter
22 Abril 2022, 08h18

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse ontem que a Ucrânia precisa de sete mil milhões de dólares (6,46 mil milhões de euros) por mês para compensar as perdas económicas causadas pela guerra da Rússia.

“E vamos precisar de centenas de milhares de milhões de dólares para a reconstrução”, afirmou o chefe de Estado ucraniano, numa mesa-redonda sobre ajuda à Ucrânia que decorreu no âmbito dos encontros do FMI e do Banco Mundial, em Washington.

Alguns dias antes, as autoridades ucranianas tinham informado o Fundo Monetário Internacional (FMI) que iriam precisar de cinco mil milhões de dólares por mês para continuar a fazer a economia do país funcionar, pelo menos nos próximos meses, disse, na quarta-feira o diretor-gerente do FMI.

“Apesar de todas as dificuldades, o nosso país continua a cumprir todas as suas obrigações em termos de assistência social, pagamentos de pensões, salários (dos funcionários públicos) (…), e tudo isto custa cerca de 7 mil milhões de dólares americanos por mês ao nosso orçamento”, precisou o primeiro-ministro Denys Shmyhal, que participou pessoalmente da mesa-redonda.

O chefe do governo ucraniano encontrou-se antes com o presidente dos EUA, Joe Biden.

Os bombardeios russos estão “a arruinar” a economia ucraniana, lamentou o Presidente Zelensky, enfatizando que esses atentados não poupam creches, escolas ou universidades em todo o país.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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