Os países ocidentais devem preparar-se para uma “guerra de desgaste” a “longo prazo” na Ucrânia, alertou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, após um encontro em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
“Temos que estar preparados para o longo prazo. Porque o que vemos é que esta guerra se tornou agora uma guerra de desgaste”, disse aos jornalistas Jens Stoltenberg.
O político norueguês encontra-se na capital norte-americana para preparar a cimeira da NATO – marcada para os dias 28, 29 e 30 de junho, em Madrid (Espanha) – e indicou que pretende alcançar resultados antes do evento.
A guerra na Ucrânia “poderia terminar amanhã [sexta-feira], se a Rússia acabar com a sua agressão”, declarou hoje o secretário-geral da NATO, durante uma conferência de imprensa junto ao chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken. Mas “não vemos nenhum sinal nessa direção, nesta fase”, acrescentou.
A guerra liderada pela Rússia na Ucrânia vai durar “muitos meses”, observou Antony Blinken. Desde o início do conflito russo-ucraniano, as tropas russas assumiram o controlo de regiões da Ucrânia – a maior parte de Kherson e parte de Zaporijia – e progrediram lentamente no Donbass, em particular em Mariupol (sudeste).
Em vésperas de se reunir com altos funcionários suecos, finlandeses e turcos em Bruxelas para discutir a oposição turca à adesão dos países nórdicos à NATO, Stoltenberg também sublinhou hoje que a Turquia é um “aliado importante”.
“A Turquia contribui para a nossa segurança de muitas formas diferentes”, disse Jens Stoltenberg, que destacou os esforços turcos na luta contra o Estado Islâmico (EI).
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem insistido que Finlândia e a Suécia apoiam milícias curdas, que Ancara considera terroristas, e que devem atender às preocupações turcas antes de verem aprovada a sua adesão à NATO.