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UE prepara-se para garantir vistos a ucranianos durante três anos

A diretiva prevê o mesmo nível de proteção, entre um a três anos, em todos os estados da UE. Quem esteja sob a proteção temporária tem autorização de residência, acesso a emprego, assistência social e tratamento médico.
  • Stringer/Lusa
28 Fevereiro 2022, 11h06

A União Europeia, solidária com os acontecimentos na Ucrânia, está a preparar-se para garantir vistos de três anos aos ucranianos em fuga da guerra, de acordo com a “Reuters”, que cita fontes oficiais francesas e da UE.

Os últimos dados oficiais indicam que 300 mil ucranianos já abandonaram a Ucrânia e entraram em países da UE. Agora, os países, nomeadamente os que fazem fronteira com o país sob ataque, devem preparar-se para a chegada de mais refugiados da guerra, especialmente a Polónia, Roménia, Eslováquia e Hungria.

Os ministros do Interior da UE reuniram-se no domingo para preparar um documento que visa garantir a proteção aos cidadãos ucranianos que precisem de asilo. A próxima reunião, que pretende acertar os detalhes e enviar posteriormente o acordado à Comissão Europeia, deve acontecer na quinta-feira.

“É o nosso dever acolher que fogem da guerra”, apontou o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, à “France 2 TV”.

Segundo a “Reuters”, este visto de asilo é uma diretiva de proteção temporária da UE criada após a guerra dos Balcãs mas que nunca foi usada. A diretiva prevê o mesmo nível de proteção, entre um a três anos, em todos os estados da UE. Quem esteja sob a proteção temporária tem autorização de residência, acesso a emprego, assistência social e tratamento médico.

A comissária dos Assuntos Internos da UE, Ylva Johansson, adiantou que há muitos cidadãos ucranianos a abandonarem o país e a dirigirem-se para onde já existem grandes comunidades ucranianas. A comissária lembrou que a Polónia, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha e República Checa são países que verificam grandes populações ucranianas.

Nancy Faeser, ministra do Interior alemã, indicou que o facto de todos os estados-membros se mostrarem dispostos a aceitar refugiados ucranianos mostra “a forte resposta da Europa ao terrível sofrimento que Putin inflige com a sua guerra criminosa de agressão”.

Os ministros da UE estimam que quatro milhões de ucranianos devem fugir do país no âmbito da guerra. Atualmente, só mulheres, crianças e alguns idosos estão a dirigir-se para os países que fazem fronteiras terrestre com a Ucrânia, dado que os homens entre os 18 e os 60 anos estão a ser chamados para combater.

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