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Um mês depois de recarregar a ‘bazuca’, BCE mantém política monetária inalterada

As taxas de juro mantiveram-se inalteradas, sendo que a taxa aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas aplicáveis à facilidade de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem em 0%, 0,25% e -0,5%, respectivamente.
21 Janeiro 2021, 12h45

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira deixou inalterada a política monetária, conforme esperado pelos analistas, mantendo as taxas de juro em mínimos históricos, depois de na última reunião (em dezembro) ter reforçado o tamanho e prolongado a duração do programa de compra de ativos para combater os impactos económicos e financeiros.

“O Conselho de Governadores decidiu reconfirmar a posição de política monetária muito acomodatícia”, referiu o BCE, em comunicado.

As taxas de juro mantiveram-se inalteradas, sendo que a taxa aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas aplicáveis à facilidade de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem em 0%, 0,25% e -0,5%, respectivamente.

A 10 de dezembro, o BCE reforçou o Programa de Compra de Emergência Pandémica (na sigla inglesa, PEPP) em 500 mil milhões de euros, para um total de 1,85 biliões de euros, e prolongou o prazo do programa até março de 2022 face ao anterior parazo de junho de 2021.

O banco central da zona euro nessa altura prolongou também as linhas de financiamento de longo prazo para a banca até junho de 2022. Trata-se da terceira série dos TLTRO, um instrumento de política monetária não convencional, através do qual a instituição concede empréstimos de longo prazo à banca, com o objetivo de incentivar a concessão de crédito às empresas e aos consumidores e aumentar a liquidez.

O BCE prevê que a economia da zona euro tenha recuado 7,3% em 2020 e que irá recuperar 3,9% este ano. Christine Lagarde, presidente do BCE, explicou em dezembro que o timing do final do PEPP está desenhado para uma altura, o primeiro trimestre de 2022, no qual  a economia deverá estar a recuperar “muito seriamente e a criar raízes”.

A 13 de janeiro, e já no contexto de novos confinamentos gerais em vários países, Lagarde afirmou que o BCE mantém as projeções de crescimento da economia da zona euro, apesar das medidas de restrição no combate à pandemia, desde que essas medidas sejam levantadas até ao final de março.

A presidente do banco central explicou que as projeções assentam na perspetiva de medidas de restrição até ao final do primeiro trimestre, acrescentando que se as restrições se mantivessem no segundo trimestre aí sim seria “uma preocupação”.

Esta quinta-feira, o BCE reiterou que o Conselho de Governadores continua pronto a ajustar todos os instrumentos, conforme for apropriado, para assegurar que a inflação se dirija à meta da inflação de abaixo mas perto de 2% de forma sustentada.

A atenção vira agora para a conferência de Christine Lagarde, às 13h30.

[Atualizada às 12h50]

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