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“Somos um País que não tem medo do futuro”

No dia em que arranca a Web Summit, o Jornal Económico entrevista o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, sobre o impacto do evento para o País.
7 Novembro 2016, 07h30

Qual o impacto que a Web Summit vai ter na cidade de Lisboa?
O impacto já vem de há um ano atrás. Portugal é considerado um ‘hub tecnológico’ para novas empresas. Mesmo antes do evento Web Summit esta já foi uma aposta ganha, transmitindo a imagem de Portugal como um País moderno e com ambição. Vamos ter seis mil jovens no evento que vão ouvir alguns dos maiores oradores e entender o que se está a passar no mundo. Somos um País que não tem medo do futuro.
Em que áreas o evento vai impactar?
O impacto tem de ser medido sobretudo em postos de trabalho ou atração de investimento. Não podemos restringir-nos ao número de quartos, hotéis ou restaurantes.
A proposta do OE/2017 prevê medidas de incentivo ao empreendedorismo.  Além desses incentivos, há novas medidas em estudo para atrair investidores e empreendedores, no pós-Web Summit?
No âmbito do Programa Capitalizar, temos a aposta em benefícios fiscais como o Programa Semente (um dos pontos é dar benefícios fiscais para quem investir em start-ups) e linhas de co-investimento.  O próximo ano será o maior de sempre com mais capital de risco e de ‘business angels’ disponível. Temos ainda muitas medidas a decorrer, do âmbito do “Simplex” ao Portugal 2020.
Poderá ser Lisboa uma nova ‘Silicon Valley’? 
Não, não somos a próxima ‘Silicon Valley’, nem Berlim. É impossível. O importante é descobrir no que somos melhores. Temos 500 anos de negócios globais, óptimas infra-estruturas tecnológicas, linhas de co-investimento, incubadoras certificadas em muitas áreas, da moda à tecnologia.
 
A par do Web Summit vão decorrer eventos paralelos, como o Lisbon Global Forum. Que iniciativa é esta?
No Lisbon Global Forum vamos ter ministros, primeiros-ministro, CEO, Comissários Europeus e empreendedores de vários países. Em conjunto vão debater o futuro, o que podemos fazer para ser melhores e discutir as cidades do futuro. Isto é algo que honra a nossa história e que junta diferentes culturas e visões de todo o mundo.
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