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“Um passo que nunca foi dado”. Trump enaltece acordo entre EUA e China assinado em Washington

“Assinámos a fase 1 do histórico acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Em conjunto estamos a corrigir os erros cometidos no passado”, frisou o presidente norte-americano, Donald Trump, na conferência de imprensa após a assinatura do acordo.
15 Janeiro 2020, 17h52

Em conferência de imprensa na Casa Branca após a assinatura da primeira fase do acordo entre os Estados Unidos e a China, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que está a corrigir os erros que foram realizados no passado.

“Assinámos a fase 1 do histórico acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Em conjunto estamos a corrigir os erros cometidos no passado”, frisou o presidente norte-americano.

O presidente chinês, Xi Jinping, não estava presente, mas Donald Trump fez questão de salientar que estava a assistir à conferência e prometeu deslocar-se à China “num futuro pouco distante para retribuir”.

Para Donald Trump, o acordo marca “um passo que nunca foi dado em relação à China” e que vai  na “direção de um futuro em que o comércio é justo e recíproco”. “Estamos a desenvolver umfuturo com uma economia justa e segura para os trabalhadores, agricultores e famílias norte-americanos”, referiu o presidente dos Estados Unidos.

Anunciado e confirmado por Washington e Pequim a 13 de dezembro de 2019, este acordo parcial assinalou desde logo a aceitação da administração Trump de não escalar ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores potências económicas mundias porque ambas as partes  chegaram a acordo dois dias antes da nova entrada em vigor de novas tarifas impostas pelos norte-americanos às importações chinesas no valor de 156 mil milhões de dólares, previstas para o dia 15 de dezembro.

Os Estados Unidos aceitaram ainda reduzir para metade as tarifas introduzidas às importações chinesas em setembro do ano passado, no valor de 120 mil milhões de dólares, de 15% para 7,5%. As concessões norte-americanas esgotam-se aqui. Robert Lightizer, que liderou as negociações do lado norte-americano, excluiu outras reduções às tarifas impostas às importações de produtos chineses. Washington mantém assim as tarifas de 25%, no valor de 250 mil milhões de dólares, que foram introduzidas desde o início da guerra comercial, em março de 2018.

A China, por sua vez, comprometeu-se a comprar anualmente produtos norte-americanos no valor de 200 mil milhões de dólares, incluindo 40 mil milhões em produtos agrícolas. O acordo prevê o reforço da proteção da propriedade intelectual dos produtos e tecnologias norte-americanos, uma das maiores exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Está também acordada a proibição da transferência forçada de tecnologia das empresas norte-americanas.

Liu-He, vice-primeiro-ministro chinês, não cedeu noutros pontos reclamados por Washington. A China recusou fazer concessões nos subsídios industriais e em utilizar as empresas estatais. A cibersegurança, particularmente o roubo cibernético (cybertheft), também ficou de fora do acordo parcial.

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