Um quinto dos 860 técnicos superiores colocados nos serviços da Administração Pública, no âmbito do concurso lançado no verão de 2019 para criar uma bolsa de mil técnicos superiores, acabou por desistir e não assinar contrato, avança o Público (acesso condicionado) este domingo. O objetivo era rejuvenescer os quadros do Estado, bem como dotar a Administração Pública de trabalhadores qualificados na área jurídica, da estatística, da gestão e do planeamento, mas os números disponibilizados pelo Governo mostram que houve dificuldades nesse processo.
De acordo com os dados citados pelo Público, dos referidos 860 trabalhadores, a maioria (682) celebrou contrato por tempo indeterminado com os serviços e organismos para os quais foram selecionados. Já 178 desses técnicos acabaram por desistir, deixando os lugares para os quais foram escolhidos vagos.
Na perspectiva da secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, um dos motivos que poderá ter levado a que um quinto das pessoas não tivesse celebrado contrato foi o tempo que demorou entre a apresentação da candidatura e a homologação. “Ainda estamos a interagir com as próprias entidades empregadoras, para percebermos até que ponto as necessidades foram cobertas com os candidatos”, indicou a responsável.