A maioria das pequenas e médias empresas (PME) portuguesas (73%) dispõe de software para comunicar as faturas, mas um terço das mesmas aderiu à faturação eletrónica há um ano ou menos, segundo um estudo de mercado divulgado esta terça-feira.
O inquérito realizado pela empresa de software bracarense YET – Your Electronic Tansactions concluiu que, desse número, 29% das organizações admitiu que um dos principais motivos para ter aderido à faturação eletrónica teve que ver com a obrigação nos contratos públicos (47%), porque até ao final de junho, todas as PME que fornecem serviços para o Estado têm de utilizar um software para envio de faturas digitais. O mesmo se aplica às microempresas, cujo prazo foi alargado até ao final de 2021.
Quanto às empresas que utilizam software de faturação eletrónica há pelo menos cinco anos, a razão indicada foi essencialmente a eficiência administrativa (66%).
Na generalidade, as PME nacionais estão preparadas para este empurrão na digitalização. Aliás, a grande maioria dos inquiridos (86%) considera importante utilizar programas tecnológicos por poupar tempo no envio das faturas (67%) e nos recursos humanos (43%), bem como reduzir o impacto ambiental (65%).
“Apesar de a grande maioria dos países europeus já ter tornado obrigatória a utilização de programas de faturação eletrónica entre as organizações – e sobretudo na comunicação com os Estados – em Portugal, o uso deste tipo de software só no ano passado é que se tornou mandatório, de forma parcial”, aponta o estudo “Impacto da digitalização na área financeira: faturação eletrónica”, divulgado FES Agency.
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