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Um Tesla já vai a caminho de Marte ao som de David Bowie. Um feito de 72,5 milhões de euros

Elon Musk diz que esta última aposta da sua mente fervilhante lhe terá custado qualquer coisa como cerca de 72,5 milhões de euros, mas muitos especialistas do setor aeroespacial acreditam que os valores deverão ter sido significativamente superiores.
6 Fevereiro 2018, 17h49

Esta foi, para já, a última produção bem sucedida do empresário sul-africano e norte-americano Elon Musk: lançar no espaço, há cerca de uma hora, a partir do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos, o foguetão mais potente da atualidade.

Com o carimbo de produção da SpaceX, o Falcon Heavy – na prática, a junção de três foguetões Falcon 9 – vai levar para o espaço um veículo ‘roadster’ (desportivo de velocidade) um modelo do Tesla Roadster, elétrico, de cor vermelha.

Tudo isto ao som do ‘Space Oddity’, de David Bowie.

Tudo isto para vaguear no espaço e descobrir novas fronteiras para o ser humano superar nas próximas décadas.

Elon Musk diz que esta última aposta da sua mente fervilhante lhe terá custado qualquer coisa como cerca de 72,5 milhões de euros, mas muitos especialistas do setor aeroespacial acreditam, que os valores deverão ter sido significativamente superiores.

Segundo a SpaceX, o Falcon Heavy pode transportar até 70 toneladas de cada vez, com a vantagem de os foguetões envolvidos no lançamento poderem ser recuperados posteriormente.

Com a concretização do lançamento deste foguetão pode abrir-se uma nova fase para missões orbitais geoestacionárias ou para destinos espaciais mais longínquos, como o planeta Marte.

Sinal de que este é um filão atrativo é o facto de que, quer a NASA, quer a principal rival da SpaceX, a também privada United Launch Alliance, estão nesta corrida com projetos ou protótipos de foguetões mais ou menos similares.

Em termos de potência de foguetões espaciais, o Falcon Heavy só foi superado pelo Saturno V, da NASA, que desta mesma base de lançamento, em Cabo Canaveral, foi responsável pelo envio bem sucedido da missão Apolo 11, que em 1969 levou três homens à superfície da Lua.

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