Depois das eleições legislativas de outubro passado, 2020 será o ano em que os principais partidos democráticos irão eleger os seus líderes, ouvindo os seus militantes em processos eleitorais mais ou menos disputados por candidatos que procuram a legitimidade democrática interna para construírem as suas propostas para Portugal. O PSD já o fez na passada semana, o CDS-PP prepara-se para o fazer no próximo fim-de-semana e o PS no decorrer do mês de maio.

As eleições diretas do PSD, que mobilizaram mais de 32 mil militantes que exerceram o seu direto de voto, resultaram na reeleição de Rui Rio com 53% da votação, reafirmando-se como líder incontestável da oposição em Portugal.

Numa eleição participada e clarificadora, Rui Rio sai reforçado destas diretas para um novo mandato de dois anos, depois de um 2019 muito difícil com oposição interna, um pedido de moção de censura e um ciclo eleitoral com europeias e legislativas.

Para não falar de uma campanha interna complexa e difamadora, repleta de notícias sobre tudo e nada, antigas e recentes, de forma massiva ou desgarrada com um único objetivo: tentar condicionar o processo eleitoral do maior partido da democracia portuguesa.

Mas com grande resiliência e os nervos de aço que o caracterizam, o líder do PSD colocou – e arrisco dizer sem margem de dúvida – e sempre colocará Portugal à frente do seu partido e dos seus militantes. A estratégia revelou-se a mais certeira: Rui Rio saiu reforçado deste combate interno, confirmou o PSD como um partido livre, plural e respeitador absoluto dos valores da liberdade e da democracia e tem o caminho livre para construir, nos próximos anos, uma alternativa interna para governar Portugal.

O PSD que saiu destas eleições é indiscutivelmente mais forte e comprometido com o futuro. Após a instalação e eleição dos restantes órgãos políticos no congresso – que a ‘minha’ Viana do Castelo irá acolher – o PSD estará pronto para se afirmar como o partido que reúne o melhor projeto político para o nosso país.

Porque a legitimidade é um valor inerente à democracia e Rui Rio conquistou essa legitimidade. Venceu e voltou a vencer as eleições internas e é o presidente de todos os militantes, independentemente de quem o apoiou ou não.

Estas eleições diretas do PSD não foram só decisivas para o partido e os seus militantes. Foram decisivas para o país e para os portugueses. Portugal precisa de um PSD forte, unido e vitorioso para os combates políticos que se aproximam, nomeadamente, as eleições autárquicas do próximo ano. A bem da democracia, do sistema político e de todos nós, o que esperamos que aconteça em Viana do Castelo é um congresso inspirador e mobilizador para todos os que procuram uma alternativa ao atual Governo. E que querem a melhor alternativa para Portugal.