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União Europeia prepara-se para aprovar mais sanções contra Moscovo (com áudio)

Presidente do Conselho Europeu da UE disse estar “chocado com as imagens assombrosas de atrocidades cometidas pelo exército russo” em Bucha e já prometeu mais sanções.
  • Alexei Nikolskyi/Kremlin via Reuters/SPUTNIK
4 Abril 2022, 13h00

A União Europeia (UE) está a preparar-se para introduzir mais sanções contra Moscovo depois de terem surgido relatos de atrocidades na sequência da retirada militar da Rússia nos arredores de Kiev.

De acordo com o “Financial Times”, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michael, disse que as novas sanções estavam “a caminho” para responder às ações russas em Bucha, uma cidade a cerca de 25 km do centro de Kiev que estava sob ocupação russa até há pouco tempo.

“Estou chocado com as imagens assombrosas de atrocidades cometidas pelo exército russo na região de Kiev”, disse Charles Michel no Twitter no domingo. “Novas sanções da UE e apoio estão a caminho. A UE está a ajudar a Ucrânia e organizações não-governamentais na recolha de provas necessárias para a perseguição nos tribunais internacionais.”

 

 

É esperado que os embaixadores dos países da UE discutam a nova ronda de sanções esta quarta-feira.

A promessa de novas e agravadas medidas contra a Rússia aparece na sequência de uma forte condenação ocidental dos alegados crimes de guerra russos contra civis ucranianos desarmados em áreas recentemente perto de Kiev.

Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, acusou a Rússia de cometer “crimes de guerra” e apelou aos cidadãos russos para que ajudassem a parar a guerra. Disse que quer “que todas as mães de todos os soldados russos vejam os corpos das pessoas mortas em Bucha, em Iripin e em Hostomel”.

Emine Dzheppar, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse que os soldados que tomaram Bucha das forças russas reportaram “numerosos civis mortos a tiro”.

Disse ainda que entre as vítimas há pessoas com as suas mãos atadas. “Algumas das vítimas estavam de mãos atadas. Vitimas inocentes. Eles não mereciam isto”.

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