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União Europeia reabre negociações com o Irão em torno do acordo nuclear

Depois de dois meses em que nada de substancial aconteceu, o representante da União Europeia ao Acordo Nuclear de 2015 visitou Teerão, reabrindo o processo de Viena. Regressa a esperança de um acordo final com os Estados Unidos.
18 Maio 2022, 16h50

Nos últimos dois meses, os encontros sobre o chamado Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), mais conhecido por Acordo Nuclear com o Irão, que decorriam em Viena, perderam ‘gás’ e as delegações ali presentes deixaram de se encontrar. Até esta semana: numa tentativa de reavivar o acordo e com a intenção de não poder o que entretanto foi ganho em Viena, o representante da União Europeia às negociações, Enrique Mora, esteve pessoalmente em Teerão, capital do Irão.

“A visita a Teerão do coordenador da União Europeia para as conversações de Viena, Enrique Mora, criou novas esperanças para um avanço nas negociações paralisadas”, escreve o jornal iraniano “TehranTimes’.

O primeiro ponto da agende seria o de conseguir a aprovação do Irão para uma nova ronda de negociações em Viena, capital da Áustria. Em Teerão, Mora manteve conversas intensas com o negociador-chefe do Irão, Ali Bagheri Kani. Os dois lados manifestaram que foram conseguidos resultados positivos no final do encontro.

A visita de Mora a Teerã “correu melhor que o esperado”, disse Josep Borrell, o comissário europeu com a pasta dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que as negociações estavam paralisadas mas foram “reabertas”. Nenhuma das partes quis fornecer detalhes sobre o encontro na capital iraniana.

Nas rondas anteriores, o Irão exigiu que os Estados Unidos – que, por imposição dos iranianos, não está diretamente envolvido, uma vez que deixou o acordo em 2018 por ordem do ex-presidente Donald Trump – suspendessem as sanções impostas ao país a partir de 2018. Mas os norte-americanos rejeitaram a exigência, o que levou as negociações a um beco sem saída.

As autoridades iranianas há muito dizem que Teerão tomou todas as decisões necessárias para levar as negociações por diante e que agora cabe aos Estados Unidos tomarem as suas próprias decisões.

 

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