Os laboratórios e unidades de investigação apoiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) estão praticamente parados devido aos atrasos na transferência de verbas relativas ao financiamento deste ano. Os investigadores indicam que os atrasos são comuns e comprometem o normal funcionamento dos trabalhos, avança o “Jornal de Notícias”.
Claudio Sunkel, diretor do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), um dos 26 laboratórios associados à FCT, afirma que a situação “é recorrente”. “Vivemos com o coração nas mãos permanentemente. O único dinheiro que vem sempre direitinho é o da Comunidade Europeia”, assume. Já a FCT considera que os pagamentos “têm ocorrido com regularidade” e para este mês estão previstas algumas transferências.
A Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) indica que em causa está o atraso na avaliação das unidades de investigação. “A avaliação deveria ter arrancado por forma a que houvesse resultados em janeiro, mas em janeiro estavam ainda a decorrer as candidaturas”, explica a presidente da ABIC, Sandra Pereira, notando que o financiamento de 2019 “será de acordo com a avaliação”.
Para o período de 2019 a 2022, as unidades de investigação esperam vir a receber 400 milhões de euros. Atualmente são 307 as entidades apoiadas pela FCT, onde trabalham 22 mil investigadores.
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