[weglot_switcher]

Universidade de Aveiro. Docente que se declarou abertamente homofóbico foi suspenso

A notícia é dada a conhecer pela reitoria durante uma manifestação de alunos contra Paulo Lopes.
4 Julho 2022, 14h27

Paulo Lopes, docente da Universidade de Aveiro (UA), que se declarou abertamente homofóbico em entrevista à “TVI”, foi suspenso depois de ter gerado polémica ao publicar no Facebook um texto em que apelidava a comunidade LGBTI+ de “lixo humano”.

Segundo a mesma fonte, a notícia é dada a conhecer pela reitoria durante uma manifestação de alunos contra o docente. No dia 29, a instituição emitiu um comunicado a dizer que iria “atuar em conformidade, com rapidez e firmeza”. A comunidade académica não ficou satisfeita, alegando que está em causa discurso de ódio e a segurança dos estudantes e protestou no campus com cartazes e gritos de ordem.

“Parte do que os alunos estão a pedir, a ação disciplinar por parte da universidade, já foi tomada na sexta-feira passada e da qual notificámos o visado”, diz o reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, motivado pela “natureza das declarações e do como afetaram o ambiente de confiança na Universidade de Aveiro, pelo conflito óbvio entre os valores (ou falta de valores) que essas declarações implicam, e pelo o impacto sobre o nome e valores da própria universidade”. Está um processo disciplinar em curso desde o mesmo dia, acrescentou aos jornalistas, e foi suspenso nesse seguimento para se poderem tomar as “diligências necessárias”.

Não é a primeira vez que o docente do departamento de Física está no seio de polémicas deste género. No ano passado, a mesma reitoria abriu um inquérito ao professor em questão, também devido à publicação nas redes sociais de textos de alegado caráter discriminatório contra africanos, a orientação sexual e a covid-19, segundo o “Jornal de Notícias”.

Agora, afirmou que a “ideologia de género”, “intolerante” é “um dos grandes perigos civilizacionais que teremos que começar a enfrentar”, pois “quer impor as suas distorções sociológicas à força”. Na sua visão, tal ideologia “é disruptiva de uma sociedade sã” uma vez que “somente floresce nas mentes doentias duma minoria”, e que “está associada a pessoas profunda e mentalmente perturbadas”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.