UTAO estima défice abaixo dos 1,9% previstos para 2022

A UTAO prevê que o défice de 2022 se fixe abaixo da meta de 1,9% prevista pelo Governo, destacando ainda a dimensão do excedente orçamental acumulado ao fim de três trimestres, segundo um relatório divulgado esta quinta-feira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental que dá apoio aos deputados aponta que “a dimensão do excedente orçamental acumulado ao fim de três trimestres é única na história recente das finanças públicas portuguesas”.

A UTAO prevê que o défice de 2022 se fixe abaixo da meta de 1,9% prevista pelo Governo, destacando ainda a dimensão do excedente orçamental acumulado ao fim de três trimestres, segundo um relatório divulgado esta quinta-feira.

No relatório de análise às contas das administrações públicas em contabilidade nacional entre janeiro e setembro de 2022, entregue esta quinta-feira no parlamento, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) assinala ser possível “antever um saldo em 2022 mais favorável do que o objetivo ( 1,9% do Produto Interno Bruto – PIB)”.

Os técnicos que dão apoio aos deputados apontam que “a dimensão do excedente orçamental acumulado ao fim de três trimestres é única na história recente das finanças públicas portuguesas”.

O relatório explica que “este resultado fortemente positivo até setembro e a estimativa da UTAO da receita fiscal até dezembro bem acima do valor previsto” pelo Ministério das Finanças, mais 1,4 mil milhões do que o previsto, “permitem antever um saldo em 2022 mais favorável do que o objetivo (1,9% do PIB), aproximando-o da posição de equilíbrio”.

No entanto, acrescenta que “a consulta da execução da despesa em contabilidade pública até dezembro revelou um acréscimo significativo da mesma no último mês: só duas medidas para mitigação de efeitos da inflação que antecipam encargos de 2023 valem 1,99 mil milhões de euros (0,8 % do PIB)”.

“Exemplificam impactos de medidas do quarto trimestre que mitigam a possibilidade de alcançar um saldo próximo de zero”, acrescenta.

A UTAO salienta que “deve relembrar-se que a estimativa do MF [Ministério das Finanças] para 2022 já considera o aumento de capital da TAP que só terá sido materializado no quarto trimestre”.

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