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Vacina da Moderna contra Covid-19 com 95% de eficácia

A Moderna junta-se assim à Pfizer na corrida para o desenvolvimento da primeira vacina contra a Covid-19. Eficácia é de 95% e as primeiras 20 milhões de doses serão distribuídas nos Estados Unidos ainda este ano.
  • Dado Ruvić/Reuters
16 Novembro 2020, 12h16

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela biotecnológica Moderna tem 95% de eficácia.

De acordo com a notícia avançada pela “BBC”, esta segunda-feira, os resultado preliminares, que foram apurados em colaboração com o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (dirigido por Anthony Fauci), revelam agora que vacina tem uma eficácia elevada e que poderá ser submetida para aprovação e utilização urgente nas próximas semanas.

Para os testes, estiveram envolvidos cerca de 30 mil voluntários dos Estados Unidos. Metade dos voluntários receberam, com quatro semanas de diferença, as duas doses da vacina e os restantes foram vacinados com um placebo.

A análise baseou-nos nos primeiros 95 voluntários a desenvolver sintomas da Covid-19. Apenas cinco dos casos detetados da Covid-19 eram de voluntários que tinham sido injetados com a nova vacina, os restantes 90 tinham tomado o placebo. A companhia afirma que a nova vacina confere uma “proteção de 94,5%”.

Os resultados preliminares informam ainda que os 11 casos de voluntários envolvidos nos testes que desenvolveram a forma mais severa da doença não tinham sido imunizados.

“A eficácia geral foi notável… É um excelente dia”, afirmou Tal Zaks o médico-chefe da Moderna à “BBC”.

Embora sejam boas notícias para a comunidade científica que tem estado a trabalhar para desenvolver uma vacina contra o vírus desta pandemia, a vacina não deverá estar disponível fora dos Estados Unidos até ao próximo ano. De acordo com o “The Guardian, estão a ser preparadas 20 milhões de doses que deverão ser distribuídas nos EUA até ao final do ano. Para 2021, espera-se que a biotecnológica consiga desenolver mais 500 milhões de doses para serem distribuídas a nível mundial.

Moderna é a segunda vacina a entrar na corrida para combater a Covid-19

A vacina da Moderna baseia-se na mesma nova tecnologia que a da empresa alemã BioNtech, que será comercializada e distribuída pela multinacional Pfizer, e que na semana passada anunciou uma taxa de sucesso de 90%. Segundo a “BBC” os estudos para ambas as vacinas ainda decorrem e por isso os valores quanto à sua eficácia podem mudar.

Quanto ao seu armazenamento, a vacina da Moderna pode ser guardada num frigorífico ultrafrio com uma temperatura inferior a -20ºC, durante seis meses, e num frigorífico comum até um mês. Já a vacina da Pfizer tem que ser armazenada num frigorífico ultrafrio com temperatura inferior a -75ºC mas num frigorífico comum pode ficar guardada até cinco dias.

Já a vacina russa, a Sputnik V, revela ter uma eficácia de 92%, segundo resultados provisórios avançados pelas autoridades de saúde russas na passada quarta-feira.

O número avançado é baseado em dados recolhidos junto de uma amostra de de 16 mil participantes, que receberam duas doses da vacina. No entanto, a terceira fase de testes deste tratamento desenvolvido pelo Instituto Gamaleya ainda está a decorrer em 29 clínicas em Moscovo, num total de 40  mil voluntários — um quarto dos quais receberá placebo.

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