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Vai haver uma recessão mundial em 2020?

A escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, a incerteza geopolítica e a tensão macroeconómica em vários mercados emergentes fizeram disparar os alarmes em 2019, com a ameaça de uma nova recessão mundial a pairar.
31 Dezembro 2019, 16h00

A escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, a incerteza geopolítica e a tensão macroeconómica em vários mercados emergentes fizeram disparar os alarmes em 2019, com a ameaça de uma nova recessão mundial a pairar. As principais instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), cortaram as projeções económicas mundiais nos últimos relatórios. No entanto, antecipam que o ritmo continue a ser de expansão.

O FMI alertou que o crescimento da economia global vive um “abrandamento sincronizado”, com a previsão de crescimento em 2019 a cair para o ritmo mais lento desde a crise financeira mundial. Ainda assim, no outlook divulgado em outubro antecipa que o crescimento recupere em 2020, projetando uma expansão de 3,4%, mais quatro décimas do que o estimado para o desempenho projetado para 2019.

Já a OCDE vê a economia mundial a crescer 2,9% em 2020, o mesmo que em 2019. Menos otimistas, mas ainda a antecipar uma estabilização da economia depois de uma queda em 2019, a Fitch vê o crescimento do serviços e o consumo das famílias a contribuir para um crescimento de 2,5% em 2020. A estimativa é partilhada pelo Credit Suisse, que antecipa que o próximo ano não será de “navegação suave”. Apesar de acreditar que uma recessão será evitada, elenca como fontes de pressão uma campanha presidencial polarizada nos EUA, pressões nas margens para as empresas, um tecido empresarial endividado e uma pausa nos cortes das taxas de juros pelos bancos centrais.

Certo é que o pessimismo refreou ligeiramente na reta final do ano, especialmente após Donald Trump e Xi Jinping terem anunciado a primeira fase do acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais e depois da vitória de Boris Johnson nas eleições britânicas ter permitido avanços no longo divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido.

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