Uma das rochas do parque arqueológico, na qual está representada uma figura humana com mais de 10 mil anos, foi alvo de vandalismo. O ato foi descrito como “inqualificável” pela Fundação Côa Parque, que garante que vai participar criminalmente junto do Ministério Público.
“Fomos surpreendidos com a descoberta de novíssimas gravações de uma bicicleta, um humano esquemático e a palavra ‘BIK’ diretamente sobre o conhecidíssimo conjunto de sobreposições incisas do setor esquerdo daquele painel, onde, como é universalmente sabido, está o famoso ‘Homem de Piscos’, a mais notável das representações antropomórficas paleolíticas identificadas no Vale do Côa”, disse à Lusa o diretor do Parque Arqueológico da Vale do Côa, António Baptista.
Os funcionários da Fundação Côa Parque afirmaram que aquele local arqueológico deixou de ter qualquer tipo de vigilância, devido a cortes feitos pelo anterior governo, segundo nota enviada à agência Lusa.
Os trabalhadores garantem que já alertaram várias vezes o ministro da Cultura para a possibilidade deste tipo de situação.
“É vandalismo puro e duro”, reforçou António Baptista.
“Esta falta de vigilância nunca foi claramente denunciada publicamente por receio que a publicitação da ausência de vigilância nos sítios, pudesse ela própria potenciar a ocorrência destes atos”, esclarecem junto à agência de notícias.
O responsável adiantou que há já suspeitos do ato contra o património rupestre.
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