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Vandalismo no Parque Arqueológico do Vale do Côa. Onde está a vigilância?

Funcionários da Fundação Côa Parque afirmaram que aquele local arqueológico deixou de ter qualquer tipo de vigilância, devido a cortes feitos pelo anterior governo.
28 Abril 2017, 19h12

Uma das rochas do parque arqueológico, na qual está representada uma figura humana com mais de 10 mil anos, foi alvo de vandalismo. O ato foi descrito como “inqualificável” pela Fundação Côa Parque, que garante que vai participar criminalmente junto do Ministério Público.

“Fomos surpreendidos com a descoberta de novíssimas gravações de uma bicicleta, um humano esquemático e a palavra ‘BIK’ diretamente sobre o conhecidíssimo conjunto de sobreposições incisas do setor esquerdo daquele painel, onde, como é universalmente sabido, está o famoso ‘Homem de Piscos’, a mais notável das representações antropomórficas paleolíticas identificadas no Vale do Côa”, disse à Lusa o diretor do Parque Arqueológico da Vale do Côa, António Baptista.

Os funcionários da Fundação Côa Parque afirmaram que aquele local arqueológico deixou de ter qualquer tipo de vigilância, devido a cortes feitos pelo anterior governo, segundo nota enviada à agência Lusa.

Os trabalhadores garantem que já alertaram várias vezes o ministro da Cultura para a possibilidade deste tipo de situação.

“É vandalismo puro e duro”, reforçou António Baptista.

“Esta falta de vigilância nunca foi claramente denunciada publicamente por receio que a publicitação da ausência de vigilância nos sítios, pudesse ela própria potenciar a ocorrência destes atos”, esclarecem junto à agência de notícias.

O responsável adiantou que há já suspeitos do ato contra o património rupestre.

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