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Vão “correr rios de sangue”. China na mira do autoproclamado Estado Islâmico

Num vídeo divulgado esta semana, o grupo terrorista islâmico ameaça atacar os “lacaios infiéis comunistas” chineses “em retaliação pelas lágrimas que correm dos oprimidos”.
  • Zohra Bensemra/REUTERS
2 Março 2017, 16h36

Depois dos ataques perpetrados na Europa e no Médio Oriente, o autoproclamado Estado Islâmico assume agora um novo alvo: a China. Num vídeo de propaganda jihadista divulgado esta semana, o grupo terrorista diz que vai fazer “correr rios de sangue” e garante que vai hastear a sua bandeira em território chinês.

No vídeo aparecem vários combatentes do grupo étnico muçulmano uigur, que nos últimos anos se tem envolvido em protestos violentos com o Governo chinês, contestando a repressão das minorias étnicas e religiosas, a treinar num campo do autoproclamado Estado Islâmico no Iraque. Os uigures, provenientes da região de Xinjiang, no norte da China, terão sido recrutados pelo grupo terrorista e esta aliança de forças está a alarmar as autoridades chinesas.

“Olá irmãos. Hoje, lutamos contra os infiéis em todo o mundo. Digo-vos isto: venham e vivam aqui. Permaneçam firmes”, pode ouvir-se no vídeo divulgado. “Em retaliação pelas lágrimas que correm dos oprimidos, faremos correr o vosso sangue em rios, pela vontade de Deus”.

Segundo a agência Reuters, a China teme a possibilidade de mais cidadãos uigur virem a radicalizar-se e juntar-se às fileiras do grupo terrorista. Contactado pela imprensa, Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, diz que deconhece a existência do vídeo, mas sublinha que se opõe “a qualquer forma de terrorismo e participa pro-ativamente na cooperação internacional contra o terrorismo”.

O vídeo, com cerca de meia hora, termina com a imagem do presidente chinês, Xi Jinping, em chamas, ao mesmo tempo que aparecem imagens de Xinjiang e da polícia chinesa.

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