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Venda de Bruno Fernandes contribui para lucro de 30,2 milhões de SAD do Sporting

Nos primeiros nove meses desta época, o clube de Alvalade registou o maior volume de negócios de sempre suportado pelo “aumento das receitas decorrentes da venda de direitos desportivos de jogadores”, com a venda do internacional português para o Manchester United por 55 milhões, mais 25 milhões dependendo de objetivos, a representar o maior contributo.
  • Cristina Bernardo
1 Junho 2020, 11h04

A sociedade anónima desportiva (SAD) do Sporting Clube de Portugal registou um resultado líquido de 30,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre da época 2019/2020 (de 1 de julho de 2019 até 31 de março de 2020), segundo o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no domingo.

O lucro obtido representa uma recuperação assinalável face ao prejuízo de 5,9 milhões de euros registado no período homólogo da época 2018/2019.

Nos primeiros nove meses da época 2019/2020, a Sporting SAD registou um volume de negócios de 156,1 milhões de euros, um valor 42% acima dos  face ao período homólogo (109,8 milhões de euros). “[É] o maior volume de negócios da história do Sporting em termos homólogos (nove meses)”, lê-se no documento enviado à CMVM.

A SAD leonina explica, ainda, que o crescimento do volume de negócios foi “suportado pelo aumento das receitas decorrentes da venda de direitos desportivos de jogadores”, refere no documento, cuja maior contribuição surgiu da saída de Bruno Fernandes para os ingleses do Manchester United, em janeiro.

A transferência de Bruno Fernandes foi fechada por 55 milhões de euros, mais 25 milhões que serão libertados mediante cumprimento de objetivos. O negócio de Bruno Fernandes representou “a maior venda de sempre” do clube de Alvalade.

A SAD do Sporting salientou, ainda, o facto de Rafael Leão, atualmente no AC Milan, ter sido condenado a pagar 16,5 milhões pela “resolução ilícita do contrato de trabalho”, um valor que não está refletido nas contas do terceiro trimestre.

No documento veiculado pela CMVM, a sociedade verde e branca revela que conseguiu diminuir em cerca de 3,1 milhões de euros os gastos com pessoal, face aos primeiros nove meses da época 2018/2019.

“Importa referir que este decréscimo é explicado por dois efeitos contrários: redução dos gastos com jogadores e colaboradores em cerca de 7,7 milhões de euros e aumento das indemnizações em 5 milhões de euros. O valor relativo às indemnizações por rescisão de contratos de trabalho desportivo ascende a cerca de 6,9 milhões de euros, mas permitirá uma poupança líquida de cerca de 35 milhões de euros, parte significativa da qual irá refletir-se ainda na corrente época”, lê-se.

Entre 1 de julho de 2019 e 31 de março de 2020, a Sporting SAD registou um aumento do ativo total em 9,3 milhões de euros e reduziu o passivo global em 20,8 milhões de euros, o que resultou num capital próprio de 6,6 milhões de euros (junho de 2019 era negativo em 23,6 milhões). A SAD dos leões salientou que 17 milhões de euros da redução do passivo surgiram da amortização da dívida bancária.

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